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“Seu Miguel de Andrade” recebe título de Cidadão Caraguatatubense

(Foto: JC Curtis/Fundacc),

A tradição de se cunhar uma canoa ou trançar uma rede de pesca quase já não é mais vista pelas praias e ranchos de pesca do Litoral Norte. Preservar a cultura caiçara requer uma arte e muito amor para que ela não se acabe.

E é assim que há anos vem fazendo seu Miguel de Andrade, esse caiçara nascido em 10 de março de 1964 no Guarujá, na Baixada Santista, mas que desde criança tem Caraguatatuba como sua casa.

Tanto é que no dia 3 de maio ele será agraciado com o Título de Cidadão Caraguatatubense, oferecido pelo vereador Evandro do Nascimento, o Vandinho. A entrega será a partir das 19h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal.

Em casa

As praias da Mococa e Massaguaçu, na região norte, foram seu quintal, pois ali moravam seus avós, o pescador Benedito Marconde Sodré e Dona Odete, ela descendente dos índios guaranis de Boraceia.

Em 1978, seu Miguel veio pela primeira vez a Caraguatatuba conhecer a origem da família e seus tios, também pescadores, Manoel e Sebastião Rosário.

Desde cedo aprendeu com o avô o ofício da pesca e foi na Mococa que deu os primeiros passos para essa paixão pela cultura caiçara.

Em 1986, aos 22 anos, se mudou para Caraguatatuba onde conheceu sua esposa, Vanderléia e com ela teve três filhas, Michely (32), Milena (29) e Mirely (18).

Foi em Caraguatatuba que Seu Miguel deu continuidade ao oficio que aprendeu com seu avô e até hoje garante o sustento de sua família com a pesca, o artesanato e a confecção de redes, sempre preservando e disseminando os costumes e hábitos caiçaras, assim como a cultura da canoa de pano e a remo.

Essa tradição ela faz questão de passar para as novas gerações, especialmente seu neto Joaquim, hoje com 5 anos de idade.

“Minha vida toda foi vivida no mar, pescando, surfando, enfim, minha vida foi e é assim”.

Depois de fazer sua vida no Guarujá, Seu Miguel se orgulha em dizer que já está aqui há 33 anos, para onde voltou às suas raízes, cumprindo o que prometeu a seu avô.

“Disse que voltaria para onde ele nasceu e o destino me trouxe aqui e é onde pretendo ficar até o fim da minha vida”.

Neste tempo que adotou Caraguatatuba como sua cidade do coração, seu Miguel tem sido uma referência na divulgação da cultura caiçara.

Festas populares como Festival do Camarão, São Pedro, Benção das Canoas, Corrida das Canoas, ou onde for necessário, ele está lá com sua rede, ou melhor, tecendo uma rede, manuseando uma canoa para que as pessoas possam conhecer esse trabalho maravilhoso e, assim, quem sabe, despertar o interesse da nova geração.

“Gosto de ensinar a todos os nossos costumes do passado, mas que se fazem tão presente”, resume.

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