Programa Empreendedor Artesão fortalece renda, sustentabilidade e cultura em São Paulo

Iniciativa do Estado impulsiona artesãos com capacitação, crédito, formalização e acesso ao mercado

Artesã já viajou para países como Paraguai e Espanha durante suas pesquisas
Artesã já viajou para países como Paraguai e Espanha durante suas pesquisas. (Foto: GESP)

Voltado ao fortalecimento do artesanato como atividade econômica e cultural, o Programa Empreendedor Artesão, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, promove empreendedorismo, qualificação, acesso ao crédito e valorização dos artesãos em todas as regiões do Estado. A iniciativa integra políticas públicas de incentivo à economia criativa do Governo do Estado de São Paulo.

Sustentabilidade que vira renda

Há 28 anos, o artesão Claudinei Roberto Nanzi, de 69 anos, morador de Jundiaí, transforma garrafas PET descartadas em verdadeiras obras de arte. Em seu ateliê, personagens como Dom Quixote, além de animais, flores e imagens religiosas, ganham vida a partir do plástico reutilizado.

A venda das peças hoje complementa sua renda, mas o objetivo é tornar o artesanato sua principal atividade econômica. Para Claudinei, o Programa Empreendedor Artesão representa um divisor de águas ao oferecer estrutura, apoio e novas oportunidades de mercado.

“Para além da arte romântica do artesanato, nós somos empreendedores. O papel do Estado é abrir portas”, destacou.

Pilares do Programa

O programa é estruturado em três eixos principais:

  • Formalização: emissão da Carteira do Artesão estadual e nacional, orientação para MEI, cooperativas e associações.

  • Qualificação: cursos presenciais e online em gestão, marketing, vendas, inclusão digital, redes sociais e e-commerce.

  • Acesso ao crédito: linhas do Banco do Povo Paulista e da Desenvolve SP, com condições facilitadas.

Do desmatamento à consciência ambiental

Após quatro décadas no comércio de madeira, Claudinei decidiu retribuir à sociedade transformando resíduos em arte. A inspiração surgiu ao ver milhares de garrafas PET poluindo o Rio Jundiaí. Hoje, suas esculturas também carregam uma mensagem de preservação ambiental e educação sustentável.


Patrimônio cultural vivo

A preservação da cultura também ganha destaque na história de Elizabeth Horta Corrêa, de 74 anos, moradora de Atibaia. Há mais de 20 anos, ela se dedica ao estudo e preservação da renda Nhanduti, técnica paraguaia ancestral reconhecida como patrimônio cultural.

Após uma longa jornada de pesquisas no Brasil e no exterior, incluindo passagens por Paraguai e Espanha, Elizabeth foi reconhecida, em 2024, como a única mestra da técnica no Brasil.

“Você só preserva o que conhece. Cultura só sobrevive quando há apoio e políticas públicas”, afirmou.

Para ela, o Programa Empreendedor Artesão representa a união perfeita entre renda, cultura e preservação de tradições ancestrais.


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