Vaz Mendes (texto)
O FC Porto reuniu em Assembleia Geral (AG) com duas ordens de trabalho a dominarem a reunião de associados, que aprovaram o Relatório e Contas, para também se proceder à votação que determinou a expulsão de Sandra Madureira, presente no Pavilhão Dragão Arena.
O caso do seu marido, ainda detido e a cumprir uma pena efetiva de 3 anos e 9 meses, ficou adiado para nova AG, pois dada a impossibilidade de se deslocar ao recinto portista, não pôde apresentar a sua defesa.
“Macaco” está privado da liberdade desde 31 de janeiro de 2025 no âmbito da “Operação Pretoriano”, com o tribunal a dar como provado que o ex-líder dos Super Dragões provocou constrangimentos numa Assembleia Geral muito conturbada, onde foram votadas alterações aos estatutos do clube.
Sandra Madureira recebeu 908 votos a favor da sua permanência enquanto associada do FC Porto, 710 votos contra, 60 abstenções e três votos nulos e brancos. Já Vítor Catão e Vítor Aleixo, ausentes da reunião magna sem qualquer justificação, viram automaticamente confirmadas as suas expulsões de associados.
O Relatório e Contas foi aprovado por larga maioria: 1 341 votos a favor, 171 votos contra 163 abstenções e seis votos brancos e nulos. A reunião decorreu de forma pacífica, acabando por prevalecer a teoria que muitos defendiam desde que André Villas-Boas assumiu a liderança do FC Porto, depois das eleições em que os associados entenderam afastar Pinto da Costa do poder, após uma presidência de 42 anos.
Por entre as várias manifestações de carinho e de desagrado, Sandra Madureira chegou a receber muitos aplausos e ela própria teceu algumas considerações.
A mulher de “Macaco” leu um texto bastante emotivo, mas pediu aos associados que não gravassem a sua declaração. “Só tenho duas certezas: uma que vou morrer, outra que vou morrer portista”, disse a terminar depois de citar uma frase de Pinto da Costa.
Das várias intervenções, ouviram-se apelos do neto do antigo presidente do FC Porto e de Francisco J. Marques, antigo diretor de comunicação, ambos apelando à não expulsão de Sandra Madureira. André Villas-Boas respondeu referindo que não lhe cabia decidir nada, mas sim aos associados do clube.
