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FC Porto mantém liderança da Primeira Liga com triunfo tangencial (1-0) sobre o sensacional Famalicão

Dragões desperdiçaram muitas oportunidades de golo, especialmente na primeira parte, numa partida em que o técnico Farioli voltou a apostar em William Gomes e Rodrigo Mora

Os dragões entratam de início com o brasileiro William Gome e Rodrigo Mora. O extremo brasileiro Pepê (direita) continua a ser fundamental no conjunto dos dragões Foto FC Porto

O magro resultado alcançado pelo FC Porto sobre o Famalicão, que está a fazer uma prova notável, mantendo o 5º lugar da tabela classificativa, não traduz o que se passou em campo. Os dragões tiveram oportunidades de sobra para construir um resultado dilatado, mas a pontaria andou muito desafinada em alguns lances que poderiam ter dado outra tranquilidade aos azuis e brancos.

Valeu o golo do médio dinamarquês Victor Froholdt, aos 16 minutos, através de um remate com o pé esquerdo no coração da área, bem assistido pelo lateral Francisco Moura. Os famalicenses dispuseram em todo o jogo de uma ocasião para marcar – e que bela ocasião -, ainda antes do FC Porto inaugurar o marcador, quando, aos 29 minutos, o extremo marroquino Yassir Zabiri, após passe do defesa português Gil Dias, atirou estrondosamente ao poste da baliza portista defendida pelo internacional português Diogo Costa.

Com o brasileiro William Gomes e o genial português Rodrigo Mora no onze titular, o FC Porto manteve a liderança isolada do campeonato português, competição em que apenas consentiu um empate, com o Benfica, quando estão decorridas onze jornadas. São três os pontos que os dragões levam de vantagem sobre o bicampeão Sporting, numa altura em que a Liga Portugal vai sofrer uma interrupção de três semanas devido aos compromissos da Seleção Nacional com vista ao apuramento para a Copa do Mundo de 2026.

Os azuis e brancos, neste encontro equipados de salmão, tivereram forte apoio dos dos seus adeptos Foto FC Porto

Francesco Farioli voltou a rodar a equipa dada a sobrecarga de jogos, não colocando de início os espanhóis Gabri Veiga e Borja Sainz, que apenas entraram no decorrer da segunda parte. Gomes e Mora mereceram a confiança do técnico italiano e o certo é que ambos andaram muito perto do golo, como de resto aconteceu com Samu Aghehowa e Francisco Moura, especialmente estes, pelo que o desperdício foi uma das notas a reter de um encontro em que o FC Porto foi muito superior. O Famalicão dispõe de excelentes executantes, mas a defesa portista mostrou-se sempre à altura, mesmo quando Jan Bednarek saiu lesionado, aos 18 minutos, substituído por Pablo Rosario. O central internacional polaco foi dado como apto para este encontro, ultrapassadas as queixas sentidas na partida com o Utrecht para a Liga Europa, mas voltou a sentir algumas dores num joelho, pelo que teve de dar o seu lugar ao médio dominicano, nesta partida adaptado e central dada a sua polivalência.

Controlar sem dar grandes espaços

Já no segundo período do encontro o FC Porto optou por uma toada mais cautelosa, ainda que estivesse sempre por cima do jogo ao controlar a zona intermediária e a não consentir espaços para que o adversário utilizasse o contra-ataque. Basta dizer que o Famalicão não dispôs de oportunidades de golo durante todo o encontro, exceção feita ao remate a que lá fizemos alusão e que levou a bola a bater com estrondo no poste da baliza dos dragões. Pacientemente, os dragões souberam guardar a bola, com mais acerto a partir das várias substituições efetuadas no intuito de refrescar o seu conjunto, pois Gabri Veiga e o próprio Borja Sainz foram muito influentes neste capítulo.

O técnico Francesco Farioli não sabe o que é perder na Liga Portugal. (Foto: FC Porto)

A referência maior vai, contudo, para a ação do jovem Victor Froholdt, de 19 anos, o verdadeiro patrão do conjunto dos dragões e justamente premiado com o troféu de melhor em campo. O meio-campista dinamarquês, contratado ao FC Copenhaga, é dono de uma técnica aprimorada e de um sentido posicional que faz inveja a alguns dos grandes nomes do futebol internacional, pelo que, para lá de ser a maior referência dos dragões, tem garantida a titularidade na seleção do seu país.

Resta saber quanto tempo permanecerá entre os azuis e brancos, pois a continuar assim por certo que aparecerão clubes de nomeada interessados na sua contratação, bastando para tal que batam a cláusula de rescisão no valor de 85 milhões de euros. Os portistas voltam a jogar no próximo dia 22 de novembro com o Sintrense – a militar no quarto escalão do futebol português – no Estádio do Dragão, partida referente a mais uma eliminatória da Taça de Portugal.

Francesco Farioli (treinador do FC Porto): “Ganhar nunca é fácil, mas na primeira parte tivemos muitos momentos e muitas oportunidades para fechar o jogo. A primeira parte esteve sob controle, mas a segunda foi mais complicada. Quando se joga de 72 em 72 horas, não é fácil. Foi absolutamente um resultado-chave. O FC Famalicão tem estado muito bem, por isso sabíamos que seria um jogo difícil. Foi um jogo e um resultado muito positivos, mas ganhar nunca é fácil, como vemos todos os fins de semana. A única parte má foi a lesão do Bednarek, mas não será nada grave.”

Vaz Mendes
É jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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