
O Porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, conclui nesta sexta (31) a dragagem de manutenção do seu principal berço de atracação, uma das obras mais importantes para o terminal nos últimos anos. O serviço, conduzido pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), estatal vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado (Semil), teve como objetivo garantir maior segurança à navegação e restabelecer as profundidades operacionais da área.
Com uma das maiores profundidades do país, de até 25 metros no canal de acesso, o porto é estratégico para o escoamento de cargas no litoral paulista. O berço de atracação de navios, porém, sofre com o assoreamento natural causado por chuvas, correntes e ventos, o que exige dragagens periódicas. A última intervenção havia sido realizada em 2022.
Nesta etapa, estima-se que tenham sido retirados cerca de 60 mil metros cúbicos de sedimentos. Uma batimetria final será realizada nos próximos dias para confirmar a profundidade de projeto de 10 metros na bacia de manobra e no berço 101, principal ponto de atracação de navios do terminal.
Os trabalhos se estenderam por cerca de cinco meses, sem paralisações. A etapa de dragagem efetiva durou 45 dias com autorização do Ibama. Um dos principais pontos de atenção foi a Baía do Araçá, área de manguezal próxima ao porto. A região passou por monitoramento ambiental contínuo para evitar dispersão de sedimentos. Também foram realizados estudos de perfil praial.
“Esta dragagem é estratégica não apenas para a operação segura do porto, mas também para manter a competitividade e a eficiência logística do Porto”, afirmou Ernesto Sampaio, Diretor-Presidente da Companhia Docas de São Sebastião.
O encerramento da dragagem ocorre em meio a uma fase de crescimento do terminal. Até setembro deste ano, o Porto de São Sebastião movimentou 1,127 milhão de toneladas, com destaque para cargas de açúcar, malte, cevada, barrilha, coque e silicato de vidro.
 
				
