O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse há pouco que não vê nenhuma relação entre a questão de uma decisão da Suprema Corte brasileira com política regulatória.
“Imposto de importação é política regulatória. Imaginem que a Suprema Corte americana abre o processo contra o ex-presidente, e nós brasileiros não gostamos e aumentamos o imposto de importação. Olha, isso não tem justificativa, tanto não tem que o Tribunal Comercial, provocado por empresas americanas, decidiu por sete a quatro pela ilegalidade desses aumentos tarifários”, disse o vice-presidente ao participar nesta noite da 25ª Edição do Prêmio Valor 1000, em São Paulo.
Para ele, há uma fragilidade de natureza jurídica, e é evidente que o governo brasileiro vai recorrer à Suprema Corte americana. “Mas vejo uma enorme fragilidade. O que o Brasil tem defendido? Livre comércio e multilateralismo”, disse Alckmin, lembrando que, em 2023, o País firmou acordo Mercosul-Cingapura, que é o sexto maior comprador e ponto de entrada para o Sudeste da Ásia. “Amanhã vou ao Rio de Janeiro, onde será assinado o Mercosul-EFTA, acordo de livre comércio”, acrescentou.