Estudantes que testemunharam assassinato de Kirk agora lidam com o trauma: ‘Vi o sangue’

A prisão de Robinson na quinta-feira, 11, acalmou alguns temores

Bandeira dos Estados Unuidos.
(Foto: Anutaray
/depositphotos.com/br/)

Um estudante ficou trancado em casa por dois dias após testemunhar o assassinato de Charlie Kirk, preocupado em retornar ao câmpus da Universidade de Utah Valley, nos Estados Unidos, onde o ativista conservador foi baleado. Outra aluna, incapaz de dormir ou esquecer o que viu e ouviu, ligou para o pai para que a levasse para casa.

Enquanto os investigadores passam o fim de semana investigando mais a fundo o suspeito Tyler James Robinson antes de sua primeira audiência na terça-feira, 16, os estudantes que testemunharam o tiroteio de quarta-feira, 10, lidam com o trauma, a dor e a tristeza que o atentado causou em sua comunidade.

A prisão de Robinson na quinta-feira, 11, acalmou alguns temores. Ainda assim, persistem dúvidas sobre o motivo e o planejamento do suspeito, bem como sobre as falhas de segurança que permitiram que um homem com um rifle atirasse em Kirk de um telhado antes de fugir.

A universidade informou que a segurança será reforçada quando as aulas forem retomadas na próxima quarta.

Na cidade natal de Robinson, a cerca de 390 quilômetros a sudoeste do câmpus, a presença das autoridades policiais diminuiu significativamente no sábado, depois que o FBI cumpriu um mandado de busca na casa de sua família. Foi apreendido um Dodge Challenger cinza que, segundo as autoridades, foi usado por Robinson para se dirigir até a Universidade.

No sábado, ninguém atendeu a porta na casa de sua família em Washington, Utah, e as persianas estavam fechadas. O assassinato gerou apelos por civilidade no discurso político americano, mas esses pedidos não foram unânimes, e algumas pessoas que criticaram Kirk após sua morte foram demitidas ou suspensas de seus empregos.

Na sexta-feira, a Office Depot informou que demitiu um funcionário de uma loja em Michigan que foi gravado recusando-se a imprimir panfletos para uma vigília em homenagem a Kirk, chamando-os de “propaganda”.

Por outro lado, na quinta-feira, um influenciador conservador filmou o lado de fora da casa do governador de Illinois, o democrata J.B. Pritzker, e exortou seus espectadores a “tomarem medidas” após o assassinato de Kirk. A segurança de Pritzker foi reforçada.

Em um memorial improvisado perto da entrada principal da Universidade Utah Valley, em Orem, as pessoas têm deixado flores em homenagem a Kirk. Carros circularam pelas ruas próximas no sábado, buzinando, exibindo bandeiras americanas e mensagens como “Nós te amamos, Charlie”, “Charlie para sempre” e “Descanse em paz, Charlie”.

Na área onde o ativista foi baleado, uma equipe começou a desmontar tendas e faixas e a limpar os vestígios do assassinato.

Memorial a Kirk reúne estudantes em choque

O estudante Alec Vera parou no memorial após finalmente sair de casa na sexta-feira à noite para dar uma volta de carro e clarear a mente. Vera disse que estava atordoado, incapaz de se concentrar e evitando as pessoas, desde que viu Kirk cair cerca de 12 metros à sua frente.

“Simplesmente senti a necessidade de vir aqui, de estar com todos, seja para confortar ou ser confortado, apenas para me cercar daqueles que também estão de luto”, disse Vera.

Uma mulher se ajoelhou, soluçando. Outros ficaram em silêncio ou conversando baixinho. No perímetro do câmpus, árvores estavam envoltas em fitas vermelhas.

Durante o tiroteio, alguns carros foram abandonados no estacionamento por estudantes, e ali permaneceram. Um estudante implorou a um policial para que o deixasse pegar sua bicicleta do outro lado da fita policial e sorriu quando o policial o deixou passar.

A universidade informou que as pessoas podem pegar seus pertences no início da próxima semana.

Botão Voltar ao topo