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O mercado de trabalho no Brasil após a pandemia

Um dos eventos que paralisou a economia em todo o mundo: assim podemos descrever a pandemia da Covid-19. Diversas áreas foram afetadas pela transmissão da doença, e agora, já conseguimos compreender como ficou o mercado de trabalho no Brasil após a pandemia.

A verdade é que o nosso país passou por uma verdadeira transformação nos últimos anos. Essas mudanças aconteceram por diferentes motivos, de políticos a sociais. Mas é inegável que a pandemia teve um papel fundamental para o âmbito profissional dos brasileiros.

Se antes as pessoas se preocupavam em encontrar boas vagas e se preparar para uma entrevista de emprego, com a pandemia precisaram se adaptar a novos formatos de trabalho e até a novas exigências.

Mas, para analisar o mercado de trabalho no Brasil após a pandemia, é preciso passar por todas as fases dessa transformação.

Como era o mercado antes?

Era meados de março de 2020 quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou estado de pandemia em todo o mundo. Naquele ponto da história, pouco se sabia sobre a doença e os seus efeitos.

Mas antes disso, no Brasil, 2019 foi um ano em que os empregos formais estavam em crescimento. Para muitos especialistas, o aumento no número de vagas ocupadas acontecia de forma gradual e lenta, mas era visto de forma positiva.

À medida que os empregos formais cresciam, acontecia também uma queda no número de desemprego e de pessoas que faziam “bicos” para sobreviver.

Ou seja, havia uma transição para muitos brasileiros, que saiam da informalidade e começavam novas experiências em empresas.

Esse cenário de 2019 se manteve até o ano seguinte, quando a pandemia efetivamente “começou”. No Brasil, o decreto de estado de calamidade pública causada pela Covid-19 veio em 20 de março, apenas 9 dias após o aviso da OMS.

A pandemia para o trabalho

E a partir do momento que o Brasil declarou estado de emergência, o que aconteceu com a população e com o mercado de trabalho?

Muita gente não lembra, mas algumas ações práticas foram tomadas e elas variaram de estado para estado.

Entretanto, de modo geral, a freou o crescimento do trabalho formal no Brasil. Milhares de pessoas foram demitidas ou tiveram sua carga horária reduzida, o que impactou diretamente no poder econômico dessa parcela da população.

Além disso, estudos apontam que houve uma queda de pelo menos 4,2% no emprego formal. Porém, no emprego informal a queda foi ainda maior, de 12,6%.

Nesse sentido, o Governo Federal precisou intervir e oferecer um auxílio emergencial, para que famílias que ficaram completamente descapitalizadas pudessem ter uma fonte de renda.

Para os profissionais que conseguiram manter seus cargos e profissões, também houve uma adaptação.

Bares e restaurantes, por exemplo, precisaram fechar suas portas para atendimento do público por um bom tempo, fazendo com que as entregas de delivery crescessem consideravelmente.

Também houve um crescimento no trabalho home office, algo que até então era pouco empregado em empresas do Brasil.

Este cenário começou a mudar quando o Brasil recebeu as primeiras doses da vacina contra a Covid-19. À medida que a população passou a ser vacinada, o mercado de trabalho começou a apresentar sinais de mudança.

O mercado de trabalho após a pandemia

Mas o que aconteceu com o mercado de trabalho no Brasil após a pandemia?

A verdade é que várias mudanças aconteceram, tanto no dia a dia do trabalhador, quanto nos números.

Somente no mês de setembro de 2022, o Brasil criou 278 mil vagas de empregos formais. Entretanto, esse número é menor do que o mesmo mês do ano passado, onde as restrições da pandemia eram maiores.

Além disso, o número de vagas no acumulado do ano foi de 2,14 milhões, algo que também representa um valor menor do que o mesmo período de 2021.

O que acontece no Brasil parece se refletir em outros países da América Latina e do Caribe. Pesquisas mostram que, mesmo após 2 anos de pandemia, ainda temos um cenário de alta desocupação.

E se sairmos um pouco dos números, conseguimos perceber algumas mudanças no mercado de trabalho após a pandemia, relacionadas ao formato profissional em si. A seguir, listamos as 3 mais importantes:

Aumento de profissionais com MEI

Quando a pandemia começou no país, muitas pessoas perderam os seus trabalhos. Aproveitando o momento para empreender, uma boa parcela desse grupo abriu um CNPJ como MEI.

Não por acaso, quase 70% das empresas ativas no Brasil são MEI. Com as mudanças nas leis trabalhistas, existem grandes corporações que preferem contratar profissionais como terceirizados, a partir da documentação de pessoa jurídica.

Como o MEI paga um pequeno imposto e pode ter carteira assinada, a tendência é que se mantenha em alta o número de profissionais autônomos.

Trabalho remoto

Outro aspecto do mercado de trabalho no Brasil após a pandemia foi o aumento na operação de empresas em home office.

Na prática, milhares de profissionais estão trabalhando a partir de suas próprias casas. Muitos percebem como benefícios a praticidade, o conforto e a possibilidade de evitar horas de transporte.

Por outro lado, com a imunização da população, muitas empresas preferiram juntar novamente sua equipe em um ponto comercial. Hoje, comparativamente, são poucas as empresas que optam pelo home office.

Horas de trabalho e renda

Para não demitir pessoas, muitas empresas decidiram diminuir a carga horário de seus profissionais. Isso impactou diretamente na renda, afinal, menos horas trabalhadas significa um salário menor.

Como algumas companhias ainda estão se recuperando financeiramente, existem milhares de profissionais com carga e renda reduzidas.

Oportunidades no futuro?

Diante de todo esse cenário do mercado de trabalho no Brasil após a pandemia, há quem acredite que não existem boas oportunidades no futuro. Entretanto, isso não é verdade.

É claro que as mudanças políticas recentes, que serão sentidas somente em 2023, podem proporcionar transformações boas ou ruins – ainda não sabemos.

Porém, algo que a pandemia proporcionou foi a possibilidade de quebrar as barreiras geográficas. Assim, os profissionais que buscarem especialização e preparo, podem buscar trabalhos em outros pontos do Brasil e até do mundo.

Se antes o estudo era um fator chave para ter mais oportunidades profissionais, hoje é preciso ir além e buscar se especializar também em soft skills, as chamadas competências humanas.

Como aprendemos durante a pandemia, o mundo está sempre mudando. As oportunidades vão existir no futuro. Será que você está preparado para elas?

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