Praia Acessível recebe vários turistas na alta temporada em Caraguá

Monitores com formação em Educação Física auxiliam as pessoas com deficiência ou limitações e idosos a entrarem no mar com as cadeiras anfíbias, coletes salva-vidas e bóias. (Foto: : Luis Gava/PMC)
Monitores com formação em Educação Física auxiliam as pessoas com deficiência ou limitações e idosos a entrarem no mar com as cadeiras anfíbias, coletes salva-vidas e bóias. (Foto: : Luis Gava/PMC)

O programa Praia Acessível em Caraguá, implantado há três anos, conquista mais usuários a cada ano. Pessoas com deficiência que nunca entraram no mar ou que há muito tempo não frequentavam uma praia, se deslocam para o município por causa desse diferencial.

Monitores com formação em Educação Física auxiliam as pessoas com deficiência ou limitações e idosos a entrarem no mar com as cadeiras anfíbias, coletes salva-vidas e bóias. O programa Praia Acessível oferece estacionamento preferencial, sanitário adaptado, esteira de acesso e tenda de apoio. E está instalado na Avenida da Praia, ao lado da pista de skate, de terça a domingo, das 8h às 17h (este horário é válido até 12 de fevereiro).

Há três anos o aposentado João Bosco Bonani Pinto, 72 anos, que nasceu com paralisia cerebral, vem à Caraguá, em janeiro, para se divertir no mar. “A primeira vez que entrei no mar, tive medo. Hoje é só diversão”, afirmou.

O piracicabano Orlando Nogueira, 50 anos, veio passar férias com a esposa na cidade. “Fui informado na pousada sobre o programa Praia Acessível. Foi a primeira vez que presenciei e usufrui desse tipo de trabalho. Excelente iniciativa”, disse.

Há sete anos, o paulista Anselmo Renato Mendonça, 49 anos, não entrava no mar. Cadeirante há 20 anos, devido a um acidente de trânsito, o advogado foi para a água na cadeira anfíbia e também andou de handbike (bicicleta de mão adaptada para cadeirantes).

Foi por meio da sobrinha, que mora em Caraguá, que Nilza e Erivaldo de Júlio, moradores de São Paulo, souberam da Praia Acessível e decidiram trazer o filho, Rogério, 26 anos, paraplégico há quatro anos devido a um acidente de moto e com sequelas neurológicas, para seu primeiro banho de mar após o desastre. “Proporcionar essa alegria e bem estar ao meu filho é maravilhoso”, disse a mãe. Já Rogério contou que sentiu um pouco de medo, mas depois acabou saindo da cadeira anfíbia e boiando com a ajuda dos monitores. “Adorei a experiência”, resumiu.

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A secretária Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Ivy Monteiro Malerba, disse que o Programa Praia Acessível é também um espaço de convivência e lazer inclusivo e acessível, um ponto de encontro entre amigos, onde também é possível se divertir, andar de caiaque, prancha de stand up ou jogar vôlei.

O Praia Acessível é uma iniciativa do Governo Municipal, por meio da secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso, em parceria com a secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Informações pelos telefones (12) 3897-7023 ou pelo 08007700678.

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