O estoque da dívida pública federal registrou um aumento de 2,75% em novembro. O valor chegou a R$ 8,48 trilhões no mês passado, segundo relatório divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (30).
Em novembro, foram emitidos mais de R$ 181 bilhões em títulos da dívida pública federal, com resgate de R$ 27 bilhões. A composição da dívida cresceu, sobretudo, em valores relacionados à dívida pública interna, com variação de R$ 216 bilhões.
Cenário positivo
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, diz que há um cenário positivo para queda da inflação e flexibilização da política monetária, que possibilita uma queda da dívida pública:
“No cenário doméstico, a gente pode destacar o IPCA de outubro abaixo do esperado, com qualitativo também nas medidas subjacentes, núcleo melhor, e a divulgação do IBC-Br também, de setembro, abaixo das estimativas. Ambos reforçaram a perspectiva de que o Copom pudesse, inclusive, iniciar o ciclo de política monetária breve. Muitos agentes precificando a redução naquele momento já em janeiro. Então, um otimismo bastante favorável para a gestão da dívida.”
As instituições financeiras aumentaram suas participações como detentoras da dívida federal, chegando a 33% de toda a dívida em novembro. Em seguida, vêm os fundos de investimento, com 22%, e a Previdência, com quase 21%. A participação de não-residentes no país como detentores de títulos da dívida teve uma leve queda, chegando a 10% do total.
O percentual de títulos federais que vencem nos próximos 12 meses apresentou uma ligeira queda, chegando a pouco mais de 17% em novembro. O prazo para vencimento da dívida pública também caiu, para sete anos em média.
Já a reserva de liquidez da dívida federal, que são os recursos reservados exclusivamente para o pagamento da dívida, aumentou 15% em relação a outubro, ultrapassando R$ 1,21 trilhão.
O custo médio da dívida pública federal diminuiu em novembro, chegando a 11,69% ao ano.
