Alesp condecora Renata Abreu por atuação em defesa das mulheres

Parlamentar é reconhecida por legislações que ampliam a proteção às brasileiras, como as leis contra importunação sexual e que fortalecem assistência no pré e pós-parto

Parlamentar é reconhecida por legislações que ampliam a proteção às brasileiras, como as leis contra importunação sexual e que fortalecem assistência no pré e pós-parto
Parlamentar é reconhecida por legislações que ampliam a proteção às brasileiras, como as leis contra importunação sexual e que fortalecem assistência no pré e pós-parto. (Foto: Bruna Sampaio)

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo condecorou, na sexta-feira (5), a deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP) com o Colar de Honra ao Mérito, a mais alta distinção do Parlamento paulista. A homenagem, proposta pelo deputado Fábio Faria de Sá (Podemos), reconhece a contribuição da parlamentar em pautas com forte impacto social, especialmente na defesa das mulheres brasileiras. Entre as iniciativas de destaque estão leis que tipificam a perseguição obsessiva (stalking), criminalizam a importunação sexual e garantem apoio psicológico a gestantes e mães no pré e pós-parto.

O deputado destacou o compromisso real da homenageada com as pessoas ao ressaltar a coragem para enfrentar debates difíceis e abrir caminhos para quem mais precisa. “Essa homenagem simboliza aquilo que já é evidente: o impacto do seu trabalho. Que esse reconhecimento seja mais um capítulo de uma história que ainda vai gerar mais orgulho para o Brasil”, ressaltou Faria de Sá. Ele acrescentou que Renata, presidente nacional do Podemos, tornou-se referência para uma nova geração de lideranças brasileiras engajadas na “boa política que melhora a vida das pessoas, de verdade”.

Propósito e democracia

No discurso de agradecimento pelo Colar, Renata Abreu defendeu uma política orientada por propósito e afeto. Segundo a deputada, a política exige sair das redes sociais e ir à rua conhecer a dor concreta das pessoas. Ela argumentou que o sofrimento de pacientes com deficiência ou atendidos na saúde pública deve estar acima de disputas ideológicas. “Uma mãe atípica não tem lado. Ela tem dor”, exemplificou, ao pontuar que sua trajetória parlamentar foi construída por pessoas com histórias reais.

Renata também relembrou a origem do PTN, antecessor do Podemos, criado pelo tio Dorival de Abreu (1933-2004), movido pela convicção de que a democracia só seria plena quando “muitas vozes estiverem representadas nela”. Ele fundou a legenda após ter sido cassado e torturado durante a ditadura. Nesse ponto, a parlamentar defendeu a participação feminina na vida pública, ao ressaltar que o direito de voto das mulheres foi conquistado porque “muitas lutaram, deram a vida, se sacrificaram e foram mortas”.

Bancada e políticos

Os deputados estaduais Ricardo França, Clarice Ganem e Marcelo Aguiar – todos da bancada do Podemos na Alesp, que reúne cinco parlamentares – destacaram a carreira política de Renata Abreu e a descreveram como uma liderança ética e dedicada. Clarice afirmou que a deputada é um exemplo de mulher na política, capaz de inspirar, orientar e amparar colegas em momentos de dificuldade. França citou outras frentes defendidas por Renata, como a causa animal. Aguiar ressaltou a atuação da correligionária no enfrentamento à violência de gênero.

Um dos 32 gestores municipais eleitos do Podemos no estado, o prefeito de São Vicente, Kayo Amado, definiu Renata Abreu como “mãe de grandes projetos”, que sempre soube reconhecer o potencial de seus parceiros. Para ele, o legado da parlamentar está na lealdade permanente e no apoio firme que oferece.

Presenças

A solenidade de entrega do Colar de Honra ao Mérito da Alesp a Renata Abreu contou com a presença de familiares, entre eles o marido, Gabriel Abreu – vereador em São Paulo, com quem tem três filhos – e a irmã, Christiane Abreu, empresária que dirige o Centro de Tradições Nordestinas (CTN). As duas são filhas do ex-deputado federal José de Abreu, falecido em 2022.

Também participaram membros do Podemos, como o secretário nacional da sigla, Thiago Milhim, e o presidente da Fundação Juntos Podemos, João Lucas Monteiro.

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