O primeiro emprego que transforma vidas em Jacareí

Essa oportunidade tem chegado, em grande parte, por meio dos programas de aprendizagem e estágio em grandes indústrias instaladas na região, entre elas, a Suzano

Suzano em Jacareí
Suzano em Jacareí. (Foto: Divulgação)

Para muitos jovens de Jacareí (SP), ingressar no mercado de trabalho significa muito mais do que ter uma renda fixa. Representa a chance de conquistar autonomia, de apoiar a família e, sobretudo, de começar a desenhar o próprio futuro.

Essa oportunidade tem chegado, em grande parte, por meio dos programas de aprendizagem e estágio em grandes indústrias instaladas na região, entre elas, a Suzano.

Ao longo dos anos, a fábrica de celulose instalada no município vem abrindo portas para aprendizes do SENAI e estagiários de cursos técnicos e superiores. Essas iniciativas funcionam como um trampolim para quem busca o primeiro emprego.

O caso de João Paulo Rodrigues, hoje operador de Produção,
O caso de João Paulo Rodrigues, hoje operador de Produção. (Foto: Divulgação)

O caso de João Paulo Rodrigues, hoje operador de Produção, é um exemplo de como esse início pode mudar destinos. Ele começou como aprendiz, conciliando a formação no SENAI com a experiência dentro da indústria.

“Ingressar na companhia representou um marco em minha trajetória, pois permitiu meu desenvolvimento profissional e a conquista de objetivos que antes pareciam distantes”, recorda.

Histórias como a de João Paulo se repetem entre jovens da cidade que encontram na primeira oportunidade de trabalho uma possibilidade concreta de ascensão social.

Além do salário, o que está em jogo é a construção de cidadania: aprender a lidar com responsabilidades, desenvolver disciplina, enxergar o valor do trabalho coletivo e participar de um ambiente que movimenta não só a economia local, mas também a vida cultural e comunitária da cidade.

Para especialistas em formação profissional, esse ciclo é fundamental. Quando um jovem inicia sua carreira em uma empresa de grande porte, ele adquire habilidades técnicas, mas também amplia sua visão de mundo, fortalecendo sua consciência social e seu papel como cidadão.

No caso de Jacareí, os efeitos se espalham: cada aprendiz inserido no mercado é também um novo agente de desenvolvimento, capaz de multiplicar oportunidades e fortalecer o tecido social.

A profissão de papeleiro: um ofício com séculos de história
O termo “papeleiro”, hoje lembrado em datas comemorativas, remete a uma das profissões mais antigas e importantes para a difusão do conhecimento.

A fabricação do papel surgiu na China, em 105 d.C., e os primeiros papeleiros eram artesãos responsáveis por transformar fibras vegetais em folhas que serviriam para a escrita.

A técnica se espalhou para o mundo islâmico no século VIII, com oficinas em cidades como Bagdá e Cairo, chegando à Europa no século XII, inicialmente na Espanha e depois em cidades como Fabriano (Itália), onde surgiram inovações como o uso de moinhos d’água e as marcas-d’água que distinguiam cada oficina.

No Brasil, a primeira fábrica de papel foi criada em 1809, no Rio de Janeiro, e ali também nasceram os primeiros papeleiros locais, que trabalhavam manualmente na preparação de fibras, prensagem e secagem das folhas.

Assim como no passado, em que papeleiros deram vida a um material que transformou a forma de transmitir ideias, hoje jovens aprendizes encontram na indústria papeleira um caminho para transformar suas próprias vidas e, de quebra, a realidade da comunidade onde vivem.

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