Com histórias de superação e dedicação, os jovens do programa Atleta Cidadão, mantido pela Prefeitura de São José dos Campos, brilharam no Brasileiro Sub-20 de Atletismo, realizado no começo do mês em Recife, garantindo medalha de bronze no revezamento 4x400m e destaque em finais de provas individuais.
Felipe Teixeira, Vitor Hugo, Arthur Ferraz e Fernando Ferreira foram os protagonistas da equipe. Eles celebram não só as conquistas nas pistas, mas também as oportunidades de viajar, competir e transformar sonhos em planos para o futuro.
“Os atletas que compõem o revezamento fizeram até agora um ótimo ano com excelentes resultados”, destaca a professora Lila Elena da Silva, coordenadora do atletismo do Atleta Cidadão. “Eles estão focados em buscar melhores marcas também nos Jogos Abertos que estão por vir.”
Velocista dos 200m rasos e dos revezamentos 4x100m e 4x400m, Felipe Teixeira, 18 anos, coleciona resultados expressivos. Conquistou medalha de prata em Bragança Paulista e bronze em Recife. Há três anos no programa Atleta Cidadão, ele cursa o 3º ano na Escola Estadual Hélio Bevilacqua.
O jovem conheceu o atletismo após participar dos Jogos da REM, quando foi convidado pelo treinador para experimentar a modalidade.
“Nas primeiras competições eu peguei gosto, comecei a treinar, competir e estou aqui até hoje. O Atleta Cidadão me ajudou a ter essa carreira de bastante conquista.”
Além dos resultados em equipe, como o bronze no 4×100 em Aracaju, em 2023, Felipe também se destaca nas provas individuais, tendo ficado em 3º lugar nos 400m no Brasileiro Sub-18 do ano passado. Para o futuro, ele sonha em seguir carreira no esporte. “Quero entrar no Exército ou na Aeronáutica pelo atletismo”, planeja.
Enquanto participa de treinos e competições, Felipe destaca ainda a importância do programa para o desenvolvimento em outros aspectos.
“O Atleta Cidadão ajuda com viagens, alojamento e hotel. Aprendi a ser persistente, porque o atletismo tem altos e baixos e exige muita resiliência.”
Também com 18 anos, Fernando Ferreira é morador da Vila Ady Anna e estudante de ciências da computação na UNIP, começou no atletismo há 9 anos, inspirado no exemplo de casa.
“Meu irmão já fazia, e eu achei interessante. Eu fazia natação no João do Pulo e, quando vi ele correndo, pensei: vou testar também.”
Dois anos depois, ele começou a treinar com Lila e foi se desenvolvendo com outros técnicos. “O Fernando sempre foi um atleta focado e determinado”, ressalta a coordenadora. “Ele sabe o que quer e briga sempre para dar o melhor de si na pista.”
Desde então, o jovem participou de provas estaduais e brasileiras, mas considera o Campeonato Sul-Americano do ano passado a experiência mais importante na carreira.
Na competição, Fernando representou o Brasil, conquistando o terceiro lugar nos 400 metros rasos e o título de campeão no revezamento 8×300.
Neste ano, o atleta também obteve conquistas expressivas: foi campeão no Estadual Sub-20 e terceiro colocado no Brasileiro Sub-20, nas provas de 400 metros rasos e no revezamento 4×400.
Fora das pistas, Fernando gosta de ouvir música, jogar videogame e sair com os amigos.
Um ano mais novo, com 17, Vitor Hugo ingressou no atletismo no ano passado, realizando um sonho de infância.
Desde então, já participou de importantes competições, como o Campeonato Brasileiro Sub-18 e Sub-20, além de todos os Paulistas, do Sub-18 ao Adulto. “Ganhei só no Sub-20”, comenta.
O atleta é especialista nas provas individuais de 200 e 400 metros rasos e atualmente está no terceiro ano do ensino médio, estudando na Escola Estadual Maria Luiza, em Santana, onde mora. Pensando na formação profissional, Vitor pretende seguir carreira no atletismo e, após concluir os estudos, ingressar na faculdade de educação física.
Nos momentos de lazer, ele conta que os hobbies favoritos continuam ligados ao esporte. “Gosto de correr”, afirma.
Arthur Ferraz, 18 anos, é aluno do 3º ano do ensino médio na Escola Estadual José Vieira Macedo e mora no Dom Pedro. Há três anos no Atleta Cidadão, trocou o futebol pela nova modalidade após o incentivo do próprio técnico.
“Eu não jogava nada, mas corria muito bem. Ele me apresentou ao atletismo, comecei a treinar e, quando surgiu a chance de viajar de avião, tive que escolher entre futebol e atletismo. Decidi pelo atletismo.”
Nesse tempo, Arthur já conheceu vários estados e sonha em competir fora do país. “Ano que vem provavelmente é o ano que eu consigo”, afirma.
Para atingir os objetivos no esporte, ele recebe o apoio dos pais e irmãos, seja na arquibancada ou em casa.
“Minha família me incentiva muito, criou uma confiança em mim. Eles sabem que eu tenho a cabeça centrada no atletismo, que eu tenho o foco principal, que é nos treinos e nas competições.”
O jovem também se destaca no estudo, onde mantém boas notas e já conquistou medalha de ouro em matemática. “Você tem que ir bem na escola, porque tudo está ligado. Aqui no programa eles cobram isso.”
Daqui para a frente, Arthur pretende seguir carreira na área esportiva, com planos de cursar fisioterapia e educação física. Para ele, a convivência no programa é um diferencial.
“Mesmo sendo um esporte individual, a gente é muito unido. Isso faz diferença no revezamento. Todo mundo incentiva o outro e a comissão técnica dá suporte em tudo.”
