
Os primeiros anos de vida são decisivos para o desenvolvimento das crianças e uma alimentação balanceada é fundamental neste processo.
Pensando nisso, equipes da Prefeitura realizam atividades de Educação Alimentar e Nutricional para turmas de Pré II em escolas e creches selecionadas da rede de ensino municipal.
A iniciativa é um dos pilares do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e tem como propósito a formação de bons hábitos alimentares desde cedo. O conhecimento e a informação, de maneira lúdica e adequada para a faixa etária, auxilia na autonomia de escolhas mais saudáveis, contribuindo para um impacto positivo nesta fase de crescimento e descoberta.
O projeto teve início em 2022, com uma proposta que não se limita apenas na conscientização das crianças, mas também no acompanhamento de peso e estatura dos alunos utilizando os parâmetros de referência da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Durante as intervenções, a turma aprende a como selecionar os alimentos e os benefícios que cada um traz. As dinâmicas têm como base os fundamentos do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.
As práticas são divididas em três principais exercícios:
1. Semáforo dos alimentos: Os alimentos são classificados de acordo com as cores do semáforo:
Verde: alimentos naturais, devem ser priorizados;
Amarelo: produtos processados, podem ser consumidos com moderação;
Vermelho: ultraprocessados, devem ser evitados.
2. Montagem do pratinho saudável: Os alunos precisam lembrar das classificações anteriores para preparar a refeição ideal com figuras que representam comidas.
3. Caixinha surpresa sensorial: São selecionados alimentos in natura com baixa aceitação na merenda e, com os olhos fechados, as crianças tentam descobrir qual comida está na caixa. Após, são distribuídos desenhos do alimento para colorir, e os alimentos são higienizados e servidos para degustação.
Da escola para casa
Segundo Rayssa Caroline, nutricionista da Coordenadoria de Merenda Escolar da Secretaria de Educação e Cidadania, os resultados das ações são muito satisfatórios e a participação de alunos e professores é alta.
“Todos acabam aprendendo e compartilhando experiências sobre os hábitos alimentares. Temos relatos de crianças que antes não comiam determinados alimentos e após as atividades despertam o interesse em prová-los, facilitando a introdução que muitas vezes pode ser desafiadora”, explicou.
Ainda de acordo com a nutricionista, o aprendizado transcende o ambiente escolar e vai para dentro das casas, onde a parceria com os pais é essencial para manter a qualidade da alimentação dos pequenos.
“As equipes gestoras também relatam que as crianças compartilham o que aprendem com as famílias, então é um conhecimento que ultrapassa os muros das escolas”, afirmou.