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Atletismo do Pan de Santiago fecha com o ouro no revezamento 4×400 m masculino

O Brasil teve uma campanha bem consistente na competição, terminando com 23 medalhas, sendo sete de ouro, dez de prata e seis de bronze; os atletas voltam-se agora com foco total para os Jogos Olímpicos de Paris-2024

Ouro para o 4×400 m masculino
(Wagner Carmo/CBAt)

O Brasil conquistou mais uma medalha de ouro no encerramento do torneio de atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, no sábado (4/11), no Estádio Nacional. A equipe masculina do revezamento 4×400 m, formada por Lucas Carvalho, Douglas Mendes, Matheus Lima e Lucas Conceição Vilar, completou a prova em 3:03.92, com uma atuação bem consistente. A equipe de atletismo do Brasil conseguiu uma excelente campanha, com a conquista de 23 medalhas (7 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze).

“Estou muito feliz porque também fui campeão dos 400 m individual e prata nos 4×400 m misto. Tive um ano duro, com lesões, mas agradeço ao meu treinador Darci Ferreira e ao Elói, meu fisioterapeuta”, comentou Lucas Vilar. “Foi o meu primeiro Pan adulto e isso me faz sonhar mais alto, pensando na Olímpiada de Paris e em futuros mundiais”, completou o paulista, medalha de bronze nos 200 m nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires-2018.

A equipe do México ficou com a medalha de prata, com 3:04.22, seguida da República Dominicana, com 3:05.98.

Na categoria feminina do 4×400 m, a equipe brasileira garantiu o bronze, com 3:34.80. O time foi formado por Anny Caroline de Bassi, Letícia Maria Nonato de Lima, Jainy Suelen Barreto e Tiffani Marinho. “Foi uma prova excelente e temos de comemorar esse grande resultado”, comentou Jainy. “Foi muito gratificante estarmos juntas e na corrida para Paris”, lembrou Tiffani. “Sempre corri 100 m e 200 m, mas agora tenho feito também os 400 m, e não poderia estar mais feliz”, completou Anny.

A seleção de Cuba conquistou a medalha de ouro, com 3:33.15, seguida da República Dominicana, com 3:34.27.

No lançamento do dardo, o amazonense Pedro Henrique Nunes (Endurance Sports-AM) conquistou a medalha de prata, com 78,45 m. Já Luiz Maurício Dias da Silva (Equipe Medex-RJ) ficou na nona colocação, com 68,26 m. “Chegamos em Santiago e sabíamos que teríamos dificuldades com o clima. Estou feliz, essa medalha pesa muito e vou levá-la contente para a casa”, disse Pedro. “Agora é pensar só na Olimpíada.”

O ouro ficou com o norte-americano Curtis Thompson, com 79,65 m, enquanto Leslain Baird, da Guiana, conquistou o bronze, com 78,23 m.

Nos 3.000m com obstáculos, Tatiane Raquel da Silva (IPEC-PR), recordista sul-americana, com 9:24.38, conquistou a medalha de bronze, depois de brigar por melhores posições. A paranaense completou a prova em 9:41.29. “Foi minha primeira medalha no Pan, queria bater o recorde da competição, mas estou voltando de uma lesão. Faltou uma semana para estar 100%”, disse a atleta de 32 anos. “A medalha é sempre muito importante, não importa a cor. Tenho certeza de que tenho condições de conseguir o índice para os Jogos de Paris.”

A argentina Belen Casseta ficou com a medalha de ouro, na reta final de chegada, com 9:39.47, novo recorde do Pan-Americano. A canadense Alycia Butterworth garantiu a prata, com 9:40.86. A catarinense Simone Ponte Ferraz (APA/SECEL Jaraguá do Sul-SC) terminou na sexta colocação, com 10:00.62. Já a indígena Mirele Leite (AAPD-PE) ficou em 12º lugar, com 10:29.72.

Na prova masculina, vencida pelo canadense Jean-Simon Desgagnés, com 8:30.14, Matheus Estevan Borges (ASPMP-SP) terminou em sexto lugar, com 8:57.90, enquanto Gleison da Silva Santos (Praia Clube/Exército/Futel-MG) ficou em 13º lugar, com 9:22.38.

Depois do recurso do Panamá, na prova dos 400 m com barreiras, na sexta-feira (3/11), a organização reverteu a decisão e devolveu a medalha de ouro para Gianna Woodruff, que venceu com 56.44. Com isso, a brasileira Marlene Ewellyn Santos(Orcampi-SP) ficou com a prata, com 57.18, seguida de Daniela Rojas, da Costa Rica, com 57.41.

“Achei justa a decisão e ficaria triste se a panamenha perdesse o ouro”, disse a atleta que dormiu com o ouro na sexta-feira. “Estou de verdade muito feliz com a prata”, completou a atleta carioca.

No salto em altura feminino, a campeã foi a norte-americana Rachel McCooy, com 1,87 m. Valdileia Martins (Orcampi-SP) e Arielly Kailayne Rodrigues (Pinheiros-SP) ficaram na quinta e sexta colocações, respectivamente, com 1,78 m. “Foi um dia muito difícil. Nada deu certo”, comentou Valdileia.

No lançamento do martelo, o canadense Ethan Katzberg foi o grande destaque ao vencer com 80,96 m, novo recorde pan-americano. Os norte-americanos Danil Haugh (77,62 m) e Rudy Winkler (76,65 m) ficaram com a prata e o bronze. O brasileiro Alencar Chagas Pereira (ARPA-SP) terminou em nono lugar, com 70,54 m.

Nos 800 m, a gaúcha Jaqueline Weber (Praia Clube/Exército/Futel-MG) terminou em quarto lugar, com 2:04.99. O pódio foi formado pela cubana Sahily Diago (2:02.71), pela uruguaia Debora Rodriguez (2:02.88) e pela também cubana Rose Mary Almanza (2:03.68). “Foi o meu primeiro Pan. Saio daqui feliz. Vou voltar, com o objetivo de brigar por medalha”, disse Jaqueline. “Tenho certeza de que estarei em Paris para representar o Brasil.”

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