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Primeiras mulheres a ingressar como marinheiras concluem etapa inicial da formação militar

Os 134 Grumetes entram, a partir de agora, na segunda fase do curso, na qual, além das disciplinas gerais, assistem aulas específicas da área de atuação escolhida

A Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC) é a pioneira, dentre as quatro existentes no Brasil. (Foto: MN-RM2 Eudson_

O dia 25 de agosto é uma data que entra para a história da Marinha do Brasil (MB), com a cerimônia de declaração de 45 mulheres à graduação de Grumete. A Escola de Aprendizes-Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC) é a pioneira, dentre as quatro existentes no Brasil, a receber as primeiras voluntárias para o curso de formação de marinheiros de carreira.

Os 134 Grumetes entram, a partir de agora, na segunda fase do curso, na qual, além das disciplinas gerais, assistem aulas específicas da área de atuação escolhida. No final do ano, formam-se marinheiros, distribuídos nas áreas de apoio às atividades administrativas e de saúde, de eletroeletrônica e de mecânica. No futuro, eles poderão escolher formações técnicas mais específicas, dentro dessas áreas.

A primeira colocada dessa fase inicial, a Grumete Larissa Pacheco, relata que ingressou na Força Naval cheia de planos e, por estar na área de eletroeletrônica, pretende cursar hidrografia e navegação. “Ser mulher na Marinha representa muito, porque, além de fazer parte da história da Força, essa conquista me lembra, diariamente, da garra e da coragem que tenho”, comenta Larissa.

Para receber as primeiras Aprendizes-Marinheiras, a EAMSC passou por diversas adaptações em suas instalações, normas e procedimentos, incluindo treinamentos para a tripulação e reuniões com o corpo de alunos recém-chegado. Segundo o Comandante da EAMSC, Capitão de Fragata Alan de Freitas, a Escola servirá de exemplo para as próximas turmas mistas que ingressarão na Força Naval.

“O recebimento da primeira turma mista, composta por militares do sexo masculino e do feminino, concretiza a importância da participação das mulheres na Marinha do Brasil, em igualdade de condições com os homens”, reforça o Comandante.

Benefícios e fluxo da carreira
Durante o Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa (C-FMN), são fornecidos alojamento, alimentação, ajuda para aquisição de uniformes e assistência médico-hospitalar para os alunos. Nessa etapa, eles ainda recebem uma bolsa-auxílio que pode chegar a R$1.398,30. Após a formatura, o aluno torna-se marinheiro, com formação técnica na Força. A remuneração inicial chega a R$2.294,50, já com adicionais.

As Escolas de Aprendizes-Marinheiros são uma das portas de entrada para quem planeja ser Praça da Marinha, que são os militares que entram com Ensino Médio ou Técnico. A carreira das Praças inicia-se na graduação de Marinheiro, seguida por Cabo, Terceiro-Sargento, Segundo-Sargento, Primeiro-Sargento e Suboficial.

Existem quatro Escolas de Aprendizes-Marinheiros no País, localizadas em Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Olinda (PE) e Vila Velha (ES). No momento da inscrição, o candidato pode escolher em qual delas deseja realizar o curso de formação.

Números
O Concurso de Admissão às Escolas de Aprendizes-Marinheiros de 2022 ofereceu 686 vagas, sendo 48 para mulheres. Ao todo, foram 16.008 inscritos, sendo 4.530 mulheres. As classificadas ingressaram no dia 16 de janeiro deste ano na EAMSC, única Escola de Aprendizes-Marinheiros que ofertou vagas para o sexo feminino, em 2023. Inicialmente, todos os alunos passaram por um período de adaptação, até dia 29 de janeiro. Já no dia 30 daquele mês, iniciou o C-FMN, com previsão de conclusão para dezembro de 2023, após 48 semanas.

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