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Refugiados venezuelanos empreendem e ganham a vida no Brasil

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Um dos principais desafios de um imigrante que chega a outro país é conseguir uma fonte de renda. A maioria dos Venezuelanos que se estabeleceram em Boa Vista, capital de Roraima, e em São Paulo, e que decidiram empreender para ganhar dinheiro, atuam no setor da alimentação. Eles preparam e vendem as delícias do país de origem, como arepas e patacones. Os demais se viram como cabeleireiros, barbeiros e manicures.

No ano passado, o rendimento médio desses imigrantes em Boa Vista ficou em menos de um salário mínimo. Já em São Paulo, girou entre R$4,5 mil até R$25 mil. E as diferenças entre os empreendedores venezuelanos de uma região a outra do Brasil não param por aí. Lá em Boa Vista, eles trabalham sozinhos, enquanto em São Paulo tem, pelo menos, um empregado informal contratado.

Essas são as principais constatações da pesquisa sobre empreendedorismo de refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil realizada pela ACNUR- Agência da ONU para Refugiados, pela Delegação da União Europeia no Brasil e pela Universidade de Brasília, lançada nesta quarta-feira (23).

A pesquisadora da UNB, Miliana Ubiali, revela o principal tipo de empreendedor venezuelano. A venezuelana Mariane Pena se estabeleceu no Distrito Federal e retrata bem o perfil dos imigrantes empreendedores aqui no Brasil. Ela chegou ao nosso país em março do 2018. Apesar de ser engenheira civil, tem como principais fontes de renda a venda de comida típica e artigos para festas infantis.

Um dos principais desafios para Mariane conseguir uma fonte de renda aqui no Brasil foi o idioma. A pesquisa revela que o Português é uma das maiores dificuldades para se conseguir empreender no Brasil. Também a falta de informação em relação à documentação para abrir e manter um negócio, dificuldades de acesso ao crédito, alto custo no país e a preocupação com familiares na Venezuela.

Esses refugiados e imigrantes acreditam que a facilidade ao crédito, o acesso às informações sobre empreendedorismo no Brasil e a valorização do imigrante venezuelano ajudariam a melhorar a situação dos negócios deles.

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