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Comércio de Taubaté perde 1849 vagas nos últimos 4 anos

Entre as ocupações com maiores fechamentos de postos de trabalho estão vendedores e demonstradores, caixas e gerentes. (Foto: Divulgação/Sincovat)

Um estudo sobre os postos de trabalho no comércio de Taubaté, realizado pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sincovat) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), revelou que, no saldo acumulado de janeiro de 2013 a fevereiro de 2017, houve perda de 1.849 vagas formais no município. Esse número negativo foi  resultado de 33.781 admissões e 35.630 desligamentos.

Neste período, apenas os supermercados da cidade apresentaram aumento de emprego, com 73 vagas. No restante, todas as atividades viram seu quadro de funcionários retrair.

Em número de vagas, destacam-se os 814 postos de trabalho a menos no comércio varejista de lojas de vestuário, tecido e calçados da economia taubateana. Atualmente, o mercado de trabalho do varejo de Taubaté é composto por 14.117 vínculos com carteira assinada.

De acordo com as ocupações, a análise apresenta 5 cargos que mais sofrerem nesse período. São eles: vendedores e demonstradores: com 608 vagas a menos, sendo que 431 foram somente em nas lojas de vestuário, tecido e calçados. Esse setor também perdeu 140 vagas de caixas, bilheteiros e afins.

No total, esses cargos fecharam 250 postos. O cargo de gerentes, tanto de produção e operação, quanto de áreas de apoio perderam 282 vagas nesse período.

O maior fechamento também foi contabilizado no setor de vestuário, tecido e calçados, com perda de 154 vagas. Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos fecharam juntas 136 postos de trabalhos.

Mas, segundo a equipe econômica da FecomercioSP, mesmo com o grande fechamento de vagas no varejo de Taubaté, é importante ressaltar que algumas ocupações tiveram evolução no período, mesmo que um crescimento tímido.

Dentre elas, com mais admissões do que desligamentos, destacam-se: embaladores e alimentadores de produção, com a criação de 75 vagas, com destaque para o setor de supermercados, com saldo de 147 vagas; trabalhadores nos serviços de administração, conservação e manutenção de edifícios e logradouros: com novas 75 vagas, mais uma vez destaque para os supermercados com a criação de 46 vagas para essas ocupações, técnicos de nível médio em operações comerciais, com o surgimento de 50 postos de trabalho, com saldo positivo de 31 vagas nas lojas de vestuário, tecido e calçados;  trabalhadores dos serviços de hotelaria e alimentação, com 45 novas vagas e escriturários de controle de materiais e de apoio à produção, com o surgimento de 42 novos postos de trabalho.

Para o presidente do Sincovat Dan Guinsburg o cenário do emprego no varejo da região deve se estabilizar e a recuperação dessas vagas deve ser a médio e longo prazo. “As ocupações que perderam muitas vagas, principalmente no setor de vestuário e calçados, precisam ser olhadas como oportunidades pelo trabalhador que está fora do mercado.

Se ouve um enxugamento tão grande, significa que, principalmente no segundo semestre deste ano, as lojas que estão com o quadro de funcionários reduzidos, vão precisar contratar. Temos uma projeção de reação do mercado de trabalho, de reação de compra do consumidor. Com isso, haverá espaço para uma recuperação desses postos de trabalho, mas que não deve acontecer  de uma vez e sim pelo menos pelos próximos 4 anos”, analisa Dan.

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