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Ex-aluno de Engenharia Aeronáutica da Unitau ganha prêmio internacional

Premiado,Tiago Matos de Carvalho, exibe troféu ao lado de amigos. (Foto: Divulgação/Unitau)
Premiado,Tiago Matos de Carvalho, exibe troféu ao lado de amigos. (Foto: Divulgação/Unitau)

Formado em 2009 pela UNITAU, o engenheiro ingressou no programa Ciência Sem Fronteiras em 2014. Atualmente, realiza seu doutorado na Cranfield University na Inglaterra, onde faz parte do grupo de pesquisas sobre Astronáutica e Engenharia Espacial. “De maneira análoga, pesquiso como tecnologias robóticas podem ser utilizadas para o caso de satélites no espaço”, explicou Tiago.

A chance de estar em outro país tem sido bem aproveitada pelo ex-aluno. Segundo ele, existe um trabalho de adaptação, de resolução de problemas ao longo do caminho, mas a oportunidade tem proporcionado contato com profissionais e com instituições em seu campo de atuação. “Além do caráter acadêmico e profissional, a experiência pessoal e cultural são coisas realmente únicas desse período”, contou.

Neste ano, Tiago ganhou, junto de sua equipe, a competição “Gemini Mars Design Competition”, realizada pela The Mars Society, uma organização dedicada à exploração de Marte. “O projeto tem como ideia principal propor uma missão com dois tripulantes para sobrevoar Marte. Ela deve ser possível de ser completada até o fim de 2024, da forma mais simples possível”, esclareceu.

Ao todo, dez times de outros países foram selecionados, entre eles Rússia, Japão e Itália. A equipe do ex-aluno foi a única de todo o Reino Unido a participar da competição. “Foram 10 meses de trabalho, além da nossa rotina usual de aulas, provas e pesquisas”, contou.

Para a execução do projeto, foi necessário avaliar uma série de fatores, desde cápsulas, foguetes, suporte aos tripulantes, além dos fatores físicos e psicológicos. “Manter dois astronautas de maneira segura, confortável e eficiente por 500 dias, isso é algo que vai muito além dos aspectos básicos da engenharia”, revelou o engenheiro.

A apresentação final foi em Washington (EUA) e cada grupo teve de expor todos os aspectos que envolviam a missão diante de um painel de juízes da NASA, da The Mars Society e de outras indústrias do meio espacial. Os critérios avaliados foram de qualidade técnica do projeto até riscos e custos.

“Fomos contemplados com o primeiro lugar, junto a um prêmio de 10.000 dólares, divididos entre os integrantes. Muito além do dinheiro, a oportunidade de expor o trabalho diante de representantes importantes foi um ponto marcante para mim”, disse Tiago, que pretende investir o dinheiro para custear participações em congressos na área.

Para que fosse possível a concretização de planos tão expressivos em sua carreira, o ex-aluno ressaltou alguns pontos que ele considera ter feito a diferença em sua trajetória. “Uma boa dica é buscar iniciações científicas nas áreas de interesse. É importante se manter atualizado, porque tudo isso, de maneira geral, auxilia muito durante a carreira e cria um diferencial na formação para quem pretende ir estudar fora”.

Quanto à importância dos estudos na carreira, Tiago acredita que cursos de especialização e de pós-graduação, entre outros, são um modo de criar oportunidades e ligações diferentes. “Para uma constante evolução na carreira, tanto acadêmico quanto profissional, o estudo é essencial. A UNITAU foi para mim o ponto de partida e a base na minha carreira.”

Em seu tempo de graduação, o engenheiro relembrou a presença inspiradora de alguns professores, entre eles o Prof. Dr. Viktor Pasthoukov. “Considero-o realmente como um tutor nas minhas fases iniciais de pesquisas. Ele me orientou a buscar áreas de excelência tanto dentro quanto fora do país”.  Outro docente importante foi o Prof. Dr. Evandro Nohara. “Foi um dos que sempre me estimularam, ele sempre compartilhou as suas experiências comigo com os outros alunos”, disse.

Tratando do futuro, o ex-aluno acredita que a experiência de estar fora do país e a conquista do prêmio são de grande importância.  “O recente interesse em exploração espacial, tanto por agências, quanto pela indústria, são bons indicadores de opção para o futuro”, disse.

Tiago pretende voltar ao Brasil para continuar aplicando seu conhecimento e participando de programas na área espacial.

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