Em meio a denúncias de corrupção e prisões de sete de seus dirigentes a pedido da justiça dos Estados Unidos, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) elege amanhã (29) o próximo presidente, em Zurique, na Suíça, mesma cidade onde ocorreram as detenções, entre o atual mandatário, o suíço Joseph Blatter, que disputa o quinto mandato consecutivo, e o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein.
A eleição ocorre durante o 65º Congresso da entidade, que começou oficialmente hoje, em Zurique. Nesta sexta-feira, a reunião deve começar às 9h30 (horário local, 4h30 em Brasília) e a eleição está prevista para ocorrer durante a tarde, pela hora local, segundo informações do site da entidade.
Cada uma das 209 federações membros da Fifa tem direito a um voto, que é secreto. O presidente da organização terá mandato de quatro anos, com direito a reeleição ilimitada. A eleição ocorre sob críticas de dirigentes de federações internacionais de futebol.
O presidente da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), Michel Platini, pediu a demissão de Blatter. Ele disse que “a maioria das associações” vinculadas à Uefa vai votar no candidato adversário, Ali bin Al Hussein. Já a Confederação Asiática de Futebol reiterou seu apoio ao atual presidente da Fifa.
Na última quarta-feira (27), uma operação do FBI em conjunto com autoridades suíças prendeu sete dirigentes do futebol que estavam em Zurique. Entre eles, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin.
Autoridades norte-americanas investigam a participação de dirigentes da Fifa e empresários em fraudes na escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, em 2018, e Catar, em 2022). No Brasil, as suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e de transmissão da Copa do Brasil assinados pela CBF. Hoje, Blatter afirmou que as denúncias trouxeram “vergonha e humilhação” para o esporte mundial.