Com uma beleza singular, exposta em cada rua, em cada casa, em cada detalhe de sua história, a pequena cidade de Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, reserva grandes mistérios e encantos para seus visitantes.
Encantos revelados quando se caminha pelo calçamento pé-de-moleque. Este calçamento foi feito por pedras de diversos tamanhos e em todas as ruas do centro da cidade histórica, ainda na época da escravidão. Encanto pela belas paisagens, pela sua gente e por tantos outros detalhes que só quem visita o local pode descobrir.
Os mistérios também cercam a cidadezinha. São histórias de escravos, de invasões, de cemitérios e tantas outras.
Quem sabe muito dessas histórias é Anderson. Negro, de fala mansa e muito esclarecido, o jovem ganha a vida contando histórias para turistas que passam pela cidade. Para deixar o visitante ainda mais no clima, ele se veste como se fosse um escravo e carregando um velho pedaço de corrente, fica ali ‘jogando causos ao vento”.
Seu ponto de trabalho é em frente a igreja Santa Rita de Cássia, que foi construída em 1722 por negros.
Anderson, que se intitula a primeira estátua viva de um escravo no Brasil, também diz que já vez história.
“Já fazem 3 anos e 40 dias que estou trabalhando aqui. Já passei de 700 mil fotos espalhadas por todo o mundo. A escravidão no Brasil terminou há 151 anos, mas nunca podemos esquecer disso e, enquanto houver amor e respeito para cultura afro-brasileira existente em nosso país e no mundo inteiro, eu vou lutar até o fim”, disse.
Assista ao vídeo e saiba um pouco mais sobre a história de Paraty