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Avião de patrulha marítima P-3AM Orion faz primeiro voo com novas asas

O projeto de modernização do modelo envolveu as asas do avião e foi realizado pela Akaer, empresa brasileira líder no desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores de Defesa e Aeroespacial

O P-3AM Orion integra a frota da FAB desde 2011, com oito unidades. (Foto: Divulgação)

A FAB (Força Aérea Brasileira) realizou com sucesso, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), o primeiro voo da versão modernizada do avião de patrulha marítima P-3AM Orion, um marco para o fortalecimento das capacidades de defesa do país. O teste aconteceu no último dia 02.

O P-3 AM Orion é responsável pela vigilância da chamada Zona Econômica Exclusiva do Brasil, faixa marítima que pode chegar a 4,5 milhões de quilômetros quadrados – está além das águas territoriais, sobre as quais cada país costeiro tem prioridade para utilização dos recursos naturais do mar e responsabilidade na gestão ambiental, se estendendo por até 200 milhas náuticas (370 quilômetros).

O projeto de modernização do modelo envolveu as asas do avião e foi realizado pela Akaer, empresa brasileira líder no desenvolvimento de tecnologias de ponta para os setores de Defesa e Aeroespacial. O trabalho incluiu a substituição de diversos elementos primários de todos os conjuntos de asas, como revestimentos superiores, longarinas dianteiras e traseiras e painéis superiores e inferiores dos caixões centrais, entre outras ações.

“Estamos orgulhosos de fazer parte deste programa. As novas asas do P-3AM Orion representam não apenas um avanço tecnológico, mas também um símbolo de nossa capacidade como nação”, disse o CEO da Akaer, Cesar Silva.

O primeiro voo teste do novo P3 é emblemático para o país: marca um salto significativo na capacidade industrial brasileira em termos de tecnologia e inovação e reforça sua reputação como líder em desenvolvimento aeroespacial. Além disso, abre portas para novas oportunidades econômicas e avanços científicos no setor.

Histórico

O P-3AM Orion integra a frota da FAB desde 2011, com oito unidades.

A aeronave foi concebida na década de 1950 para operações de detecção, localização, identificação e destruição de submarinos inimigos – a chamada guerra antissubmarino (do termo em inglês Anti-Submarine Warfare, ou ASW). Também carrega poderosos armamentos antinavio, como os mísseis Harpoon, capazes de neutralizar embarcações de guerra a uma distância além do alcance visual.

O P-3AM Orion é um avião de características únicas para missões de vigilância marítima, que exigem voos de baixa altitude e baixa velocidade. Esse perfil privilegia aeronaves turboélices, que consomem menos combustível nessas condições. Por ser um quadrimotor, o P-3 pode reduzir a potência de até dois motores para permanecer mais tempo em voo, alcançando uma autonomia de até 16 horas.

Equipes da Akaer participaram de treinamentos especiais nos Estados Unidos para executar a atualização do P-3. Os conjuntos de asas foram revitalizados nas modernas instalações da empresa em São José dos Campos (SP), e a remontagem dos aviões ocorreu no Parque de Material Aeronáutico do Galeão, no Rio de Janeiro.

Capacitação

Com 32 anos de atuação, a Akaer acumula mais de 8 milhões de horas de engenharia dedicadas ao desenvolvimento de sistemas e estruturas de aeronaves, participando ativamente de mais de 50 projetos mundialmente reconhecidos.

A empresa tem um longo histórico de cooperação com a Embraer, com atuação nos principais projetos da fabricante brasileira nas últimas décadas – incluindo o cargueiro KC-390. Teve, também, importante papel no desenvolvimento dos caças Gripen E para Força Aérea Brasileira, em parceria com a sueca Saab. Mais recentemente, participou do projeto do caça supersônico Hürjet, lançado pela TAI (Turkish Aerospace Industry) – a aeronave, projetada para treinamentos avançados e ações de ataque leve da Força Aérea Turca, onde realizou seu primeiro voo em abril de 2023.

Em março deste ano, a Akaer alcançou um marco histórico ao se tornar a primeira empresa brasileira do setor aeroespacial a obter o status de Fornecedora Global de Nível 1 (Tier 1).

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