São José: Escola do Jardim Jussara tem judô para alunos com deficiência

Projeto em parceria com o Instituto Athlon fortalece desenvolvimento dos estudantes. (Foto: Divulgação/PMSJC)

A manhã de segunda-feira (24) foi marcada por alegria, curiosidade e muita energia na Emefi Maria Aparecida Ronconi, no Jardim Jussara. Em parceria com o Instituto Athlon, a escola começou as atividades de judô para pessoas com deficiência (PCD).

E a primeira aula já mostrou o potencial transformador que o esporte pode ter na rotina dos estudantes. Entre quedas controladas, movimentos simples e muita empolgação, as crianças até aprenderam a contar em japonês até o 10 e repetiram o novo conhecimento com orgulho.

Autonomia e disciplina

Mais do que uma prática corporal, a iniciativa nasce como uma oportunidade de desenvolvimento integral, ampliando espaço para autonomia, convivência e novas descobertas. “Vejo o projeto Judô na Escola como uma ação pedagógica extremamente significativa para o desenvolvimento integral dos nossos estudantes, especialmente dos alunos com deficiência”, disse a diretora da unidade, Andreia Zilda.

Ela destaca o impacto positivo na comunidade escolar. “O judô não se limita a ser uma prática esportiva. Ele se torna um espaço de aprendizagem, respeito e convivência. Ao participar das atividades, nossos alunos PCDs desenvolvem habilidades motoras e cognitivas importantes, fortalecem a autoestima e descobrem novas formas de interação social.”

Andreia aponto outros aspectos positivos da modalidade. “O judô estimula a disciplina, o foco e o autocontrole, capacidades que refletem diretamente no desempenho escolar e na maneira como cada estudante se relaciona com seus colegas e com o ambiente escolar. Por tudo isso, considero o projeto uma iniciativa essencial, pois amplia as possibilidades de inclusão, promove autonomia e contribui para que todos os nossos alunos aprendam e avancem dentro de suas singularidades.”

Caminho suave

A sensei Vanuza Pereira, responsável por conduzir as aulas, reforça como o judô abre caminhos importantes para os alunos. “É um trabalho que ajuda muito as crianças. Elas gostam bastante da aula, criam um vínculo social. Essas são crianças que precisam desse convívio com o esporte.”

A novidade aproxima os alunos de experiências que muitos não teriam fora do ambiente escolar. Para a profissional de apoio escolar Ana Carolina Faria, a modalidade, mais do que técnica, ensina comportamento, respeito e limites.

“A iniciativa de ter trazido o judô para escola foi muito boa, tem muitos alunos que não tem oportunidade de fazer fora. Eles aprendem como se comportar, aprendem sobre limites, regras.”

Entre os estudantes, a emoção da estreia no tatame fala por si. Heitor Santiago, de 8 anos, saiu da aula radiante. “Gostei muito de fazer o judô hoje. Eu gostei de aprender e fazer polichinelo também.”

O projeto nasce com a expectativa de crescer e transformar a rotina escolar em um ambiente ainda mais acolhedor, ativo e plural. Para muitos alunos, o judô se apresenta como um caminho seguro para aprender no próprio ritmo, desenvolver novas habilidades e se reconhecer capaz.

Botão Voltar ao topo