
Lorena foi palco, neste mês de outubro, de um encontro inédito e emocionante.
Ela é a precursora no Vale do Paraíba!
Na noite do dia 22, o Teatro São Joaquim, no UNISAL, recebeu o 1º Fórum “Nanismo, Educação e Inclusão para Todas as Deficiências”, reunindo profissionais da saúde, da educação, autoridades, pais, mães atípicas e pessoas com deficiência.
O evento foi promovido pela Associação Nanismo Brasil (Annabra), em parceria com o UNISAL, e mobilizou a cidade para um diálogo sensível, técnico e necessário sobre inclusão.
Mais do que palestras, foi um espaço de escuta, acolhimento e reconstrução de olhares. A mensagem que ecoou entre os presentes foi clara:
“A deficiência não está nas pessoas, está nos ambientes e na falta de oportunidades”, disse Wanessa Andréa, autora da Lei Municipal “Tiago Henrique Rosa de Freitas – Titi”, que mais adiante você vai conhecer.
A abertura do Fórum emocionou o público ao lembrar que a inclusão se faz com afeto, acessibilidade e oportunidade.
O professor Mateus Gomes, coordenador do evento e docente do UNISAL, destacou que a universidade tem papel essencial na formação de uma sociedade mais humana. Em seguida, a Doutora Grasiele Nascimento, pró-reitora do UNISAL, abriu as discussões com uma reflexão sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei de Inclusão, reforçando que direitos só existem plenamente quando se tornam realidade concreta.

Entre os momentos mais marcantes esteve a apresentação da Lei Municipal “Tiago Henrique Rosa de Freitas – Titi”, conduzida por Wanessa Andréa, ex-vereadora e autora da legislação. A lei homenageia o pequeno Titi, de 4 anos, morador de Lorena, e simboliza a luta contra o preconceito e a favor da visibilidade das pessoas com nanismo. Titi representa esperança, afeto e a força de famílias que enfrentam desafios e transformam dor em propósito.
A Dra. Flávia Gabriela Rosa, diretora da Annabra e mãe do Titi, trouxe uma das falas mais comoventes da noite.
“Sobre viver um silêncio enorme ao saber da deficiência… num primeiro momento a gente pensa se fez alguma coisa errada. O medo, o silêncio e outros sentimentos nos tomam. Depois, a gente ressignifica. Usa isso para nos impulsionar e transformar o que era invisível em voz e vez.”
Suas palavras foram acolhidas com reflexão, mas ao invés do silêncio aplausos traduziram o sentimento de muitas mães e pais presentes que viveram a mesma realidade.
O Fórum seguiu com a palestra da delegada aposentada e advogada Dra. Darlene Ultramari, que falou sobre a luta da pessoa com deficiência e o papel das mães atípicas. Em sua fala, lembrou que lutar por inclusão é também lutar por dignidade e presença. Na sequência, mesas temáticas reuniram especialistas como o Professor Marcelo Guimarães, o Mestre Lúcio Tunice e a própria Dra. Flávia Gabriela, abordando saúde, direitos, educação inclusiva e as dores silenciosas da maternidade atípica.
A noite também foi marcada por momentos culturais e simbólicos, como a apresentação musical de encerramento, que reforçou o tom de afeto, resistência e união.
Nos bastidores, voluntários, acadêmicos, profissionais e famílias se abraçavam, se reconheciam e reafirmavam que a inclusão só é verdadeira quando transforma espaços, escutas e atitudes.

AUTONOMIA X INCLUSÃO
A deficiência não é ausência ou limitação do indivíduo, mas a consequência de ambientes que ainda não estão preparados para acolher todas as formas de existência.
A inclusão só acontece quando se abre espaço para o outro existir com dignidade, com direito ao estudo, trabalho, saúde, mobilidade, afeto e oportunidade.
A deficiência não está nas pessoas, está nos ambientes e na falta de oportunidades.
Como continuidade desse movimento de conscientização, a Câmara Municipal de Lorena realizou também no mês de outubro (23) a Câmara Temática “Toda Vida Importa”, em alusão ao Outubro Verde, mês dedicado à valorização e defesa dos direitos das pessoas com nanismo.
O encontro foi aberto ao público e reuniu especialistas como o pediatra Dr. Décio Nogueira, a psicopedagoga Gabriela Meirelles, a fonoaudióloga Dra. Aline de Azevedo Ferreira, as professoras Laryssa Francine e Maria Laura Cabral Plácido.
A iniciativa é proposta da presidente da Câmara, Dra. Élida Vieira (PODE), e do vereador Bruno Camargo (PSD), em parceria com a Annabra.
Jornalista, mestre em Ciências Ambientais e apaixonada por comunicação com propósito. Com mais de 20 anos de atuação em rádio, TV, assessoria e projetos socioambientais, construí uma trajetória que conecta informação, sustentabilidade e impacto. Fui repórter, editora e apresentadora na Rede Aparecida e no Grupo Bandeirantes de Comunicação, onde assinei produções como Vale Ecologia, Semana Terra Viva e Projeto Rio Vivo. Sou especialista em Telejornalismo, Marketing, Redes Sociais e Comunicação Institucional. Na assessoria de imprensa do UNISAL, integrei o Plano de Sustentabilidade e fortaleci o relacionamento com a mídia. Hoje, atuo na Seção de Comunicação Social do Exército Brasileiro – AMAN e na Rádio Verde-Oliva, unindo patriotismo, estratégia e sensibilidade na missão de comunicar. Capacitadora ambiental, membro honorário do Instituto de Estudos Valeparaibano, vencedora de prêmio de Comunicação do Rotary Club e agraciada com a Medalha Marechal José Pessôa (2024). Gravo materiais institucionais, podcasts, spots e vídeos publicitários. Eterna estudante de inglês e curiosa pelas conexões entre jornalismo, ESG e educação ambiental..

