Sabrina Custódia quebra recorde mundial e conquista ouro no Mundial de Paraciclismo de Pista 2025

Brasileira brilha no primeiro dia do evento no Velódromo do Rio; italiana e francês também quebram recordes e conquistam ouro

Sabrina Custódia comemora ouro e recorde mundial no Velódromo do Rio. (Foto: Claudio Antunes/PortalR3)

O Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista Rio de Janeiro 2025 teve início na quinta-feira (16) com uma sequência de grandes resultados, recordes mundiais e o Brasil no topo do pódio. A ciclista Sabrina Custódia da Silva, de São José dos Campos, foi o grande nome do dia ao conquistar o ouro no 1km Time Trial (categoria C2), com o tempo de 1:20.020, novo recorde mundial da prova.

A hora chegou! Não foi só o título mundial, teve o recorde mundial! É muita emoção para um dia só”, comemorou Sabrina, de 44 anos, que já havia sido vice-campeã no Mundial anterior, também no Velódromo do Rio. A atleta destacou a importância da preparação e dos novos equipamentos fornecidos pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) para o resultado histórico.

Sabrina Custódia comemora ouro e recorde mundial no Velódromo do Rio
Sabrina comemorando a vitória logo após a prova. (Foto: Claudio Antunes/CBC)

A trajetória de Sabrina é marcada por superação. Aos 18 anos, ela sofreu um choque elétrico ao tentar ajustar uma antena de TV, o que resultou na amputação das duas mãos, do pé direito e dos dedos do pé esquerdo. Após um período no atletismo, ela foi apresentada ao ciclismo paralímpico durante a pandemia e, desde então, se tornou uma referência no esporte. Com o título, Sabrina é agora a quarta brasileira campeã mundial de paraciclismo de pista e a primeira recordista mundial da história.

Italiana Claudia Cretti e francês Léauté também brilham

Outro destaque do dia foi a italiana Claudia Cretti, que venceu o 1km Time Trial na categoria WC5, destinada a atletas com deficiências nos membros, mas que pedalam bicicletas convencionais. A ciclista de 29 anos bateu duas vezes o recorde mundial — primeiro nas eliminatórias (1:12.325) e depois na final (1:12.028), superando a neozelandesa Nicole Murray.

Italiana comemorando. (Foto: Miriam Jeski/CBC)

“É o meu primeiro título mundial, a emoção é muito grande. Fiz um grande trabalho em Montichiari para chegar aqui. É a minha sétima medalha em Mundiais, mas o primeiro ouro”, declarou Claudia, que sobreviveu a um grave acidente em 2017 durante o Giro Rosa, ficou em coma e retornou às competições dois anos depois.

Já entre os homens, o francês Alexandre Léauté confirmou seu favoritismo ao conquistar o 14º título mundial da carreira, vencendo a prova de Scratch (categoria MC2). O tricampeão paralímpico adotou uma estratégia ofensiva e completou a prova com uma volta de vantagem sobre todos os adversários, exceto o holandês Hidde Buur. “Foi uma corrida dura, mas taticamente perfeita. Consegui escapar no momento certo e segurar até o final”, destacou o atleta de 25 anos.

Seleção Brasileira e autoridades no velódromo. (Foto: Claudio Antunes/CBC)

Programação segue até domingo no Velódromo Olímpico

As provas do Mundial de Paraciclismo de Pista 2025 continuam até domingo (19), com entrada gratuita. As disputas ocorrem em sessões matutinas e vespertinas: sexta e sábado a partir das 10h, e domingo, às 9h. O público pode acompanhar todas as emoções no Velódromo Olímpico do Rio, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Barra da Tijuca.

Sobre o evento

O Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista Rio de Janeiro 2025 é organizado pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e TBA Sports Management, sob supervisão da União Ciclística Internacional (UCI). O evento conta com patrocínio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Shimano e Governo Federal, por meio do Ministério do Esporte, além do apoio da Santini, Prefeitura do Rio de Janeiro e Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (FECIERJ).

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