A Marinha do Brasil publicou a Portaria nº 270/MB, no dia 1º de outubro, ampliando a participação feminina em todos os setores operacionais da Força, incluindo submarinos, mergulho e operações especiais. A medida fortalece a cultura de inclusão e torna a instituição pioneira entre as Forças Armadas brasileiras na garantia de igualdade entre homens e mulheres.
Desde 1980, quando criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha, a instituição vem derrubando barreiras e se consolidando como referência na integração feminina. Entre os marcos históricos estão a promoção da primeira Oficial-General (2012), a criação da primeira turma feminina de Aspirantes na Escola Naval (2014) e a entrada de alunas no Colégio Naval (2023). Agora, a atuação plena em todos os setores consolida um ciclo de avanços inéditos.
Primeiras conquistas em campo
Em setembro de 2025, as Soldados Fuzileiros Navais Ana Beatriz Lugon Loureiro e Jennifer Alves Assunção se tornaram as primeiras a concluir o Estágio Técnico de Operação da Viatura Blindada JLTV (Joint Light Tactical Vehicle). Elas aplicaram o treinamento na Operação “Atlas – Armas Combinadas”, destacando a importância do aprendizado prático e da disciplina exigida em cenários reais.
Participação internacional e pioneirismo
Outro marco foi a atuação da Capitão-Tenente Débora Ferreira de Freitas Sabino, primeira mulher do Corpo de Fuzileiros Navais a integrar uma missão de paz no exterior, no Haiti. Segundo ela, a presença feminina no setor operacional “fortalece a instituição, inspira novas gerações e comprova que competência e dedicação são os verdadeiros critérios para atuar em qualquer área da Marinha do Brasil”.
Promoção histórica de mulheres ao posto de Almirante
Ainda em 2025, a Força Naval promoveu quatro médicas ao círculo de Oficiais-Generais: Contra-Almirantes Daniella Leitão Mendes, Mônica Medeiros Luna, Claudia Regina Amaral da Silva Fiorot e Gisele Mendes de Souza Mello (in memoriam). Essa indicação simultânea é inédita e reforça o papel da Marinha na valorização profissional de suas militares.
Com essas conquistas, a Marinha reafirma seu protagonismo na integração feminina e consolida sua imagem de Força moderna, plural e inclusiva. Mais conteúdos sobre a Marinha do Brasil podem ser acompanhados na editoria Marinha – Defesa & Estratégia