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Sporting derrotado em Nápoles (2-1) para a Liga dos Campeões com dois erros monumentais

No Estádio Diego Armando Maradona, o atacante dinamarquês Rasmus Hojlund foi o marcador de serviço ao apontar os golos da formação transalpina

O colombiano Luis Suárez marcou de penálti o golo do empate e fez renascer a esperança leonina
O colombiano Luis Suárez marcou de penálti o golo do empate e fez renascer a esperança leonina. (Foto: Sporting CP)

O treinador dos leões Rui Borges entendeu mexer em demasia no onze habitualmente titular e essa opção poderá ter influenciado negativamente o desenrolar do encontro. Não é que os leões não tivessem interpretado o que se pretendia diante do forte e aguerrido conjunto do Nápoles, mas os deslizes cometidos que originaram os golos do adversário foram fatais. É um facto que ao deixar o colombiano Luis Suárez e o português Pedro Gonçalves no banco, o Sporting não foi o mesmo, em termos ofensivos, ao atuar com o grego Ioannidis e com o moçambicano Geny Catamo. A gestão do plantel é quase uma obrigação, dada a quantidade de jogos a disputar – às vezes a um ritmo de três por semana -, e o Sporting joga já no domingo com o Braga para a Liga Portugal, por norma confrontos rijamente disputados. Por isso existem prioridades, por muito que se diga que não foi por aí que os leões foram derrotados. Pode não ter sido, mas teve a sua influência.

A jogar no seu estádio, perante cerca de 50 mil espectadores, em nada estranhou que o Nápoles assumisse o comando das operações. Só que o conjunto orientado pelo italiano António Conte deparou-se com uma defesa concentrada e intransponível. O Sporting controlou bem as iniciativas dos rápidos atacantes da formação italiana, mas descontrolou-se em momentos que não podem acontecer a um nível tão exigente. O primeiro golpe surgiu à passagem do 36º minuto depois de uma incrível perda de bola no meio-campo, para o belga Kevin de Bruyne armar bem o contra-ataque e fazer um passe magistral “à Maradona” para Rasmus Hojlund. O atacante dinamarquês, só com o guardião Rui Silva pela frente, agradeceu e atirou a marcar. Estava feito o mais difícil com tremenda facilidade, no que foi o primeiro erro de palmatória do conjunto leonino.

O atacante grego Ioannidis foi a primeira aposta do técnico Rui Borges, em dtrimento de Luis Suárez
O atacante grego Ioannidis foi a primeira aposta do técnico Rui Borges, em dtrimento de Luis Suárez. (Foto Sporting CP)

Suárez empatou… e lá veio novo brinde

Já na segunda parte, o Sporting revelou muita determinação e passou a exercer uma pressão mais alta, o que viria a dar os seus frutos com o golo de Luis Suárez, aos 62 minutos, na transformação de uma grande penalidade. Em campo já estava o dianteiro colombiano que chegou ao Sporting com a difícil tarefa de substituir o sueco Viktor Gyokeres, bem como o seu habitual parceiro de ataque Pedro Gonçalves. Aos 60 minutos o lateral uruguaio Maxi Araújo sofreu uma carga sem margem para qualquer dúvida e o árbitro da partida assinalou de pronto para a marca dos onze metros, com Suárez a enganar o guardião napolitano. Da forma como o jogo estava a ser disputado, com os leões bem mais afoitos em tarefas ofensivas, foi com alguma naturalidade e até com justiça que o Sporting chegou ao empate.

Morten Hjulmand esteve muito perto de dar o empate à sua equipa
Morten Hjulmand esteve muito perto de dar o empate à sua equipa. (Foto: Sporting CP)

Só que o estado de graça dos leões durou muito pouco tempo, pois aos 79 minutos Hojlund voltou a marcar, de novo assistido por De Bruyne, ao rematar de cabeça após uma saída fora de tempo do guardião Rui Silva. Um erro tremendo e um autêntico balde de água fria, numa altura em que os leões até deram a ideia de que até podiam sair de Itália com os três pontos. O Sporting ainda tentou dar a volta aos acontecimentos, mas uma defesa espetacular do sérvio Milinkovic, a remate à queima do capitão Morten Hjulmand, no último minuto do tempo de descontos, deitou por terra a hipótese de Sporting levar de Itália o empate, depois de na jornada inaugural ter amealhado três pontos no confronto com a modesta equipa do Kairat Almaty, do Cazaquistão.

Semblantes carregados no final do encontro, depois do desaire com o Nápoles
Semblantes carregados no final do encontro, depois do desaire com o Nápoles. (Foto: Sporting CP)

Rui Borges (treinador do Sporting): “É inglório sair daqui com zero pontos por tudo o que a equipa foi capaz desde o primeiro minuto. Sabíamos que os primeiros 15, 20 minutos iam ser intensos por parte do Nápoles. Tínhamos de ter boas reações e, ao fim de 20 minutos, fomos crescendo e ganhando confiança. Sofremos golo na transição, onde tínhamos de ser mais maduros e fazer falta no início da jogada. Ao intervalo, percebemos que podíamos ser mais agressivos e mais simples em algumas ações. Segunda parte bem conseguida, jogo repartido, chegámos ao empate, podíamos ter feito o 1-2 e eles fizeram o 2-1 num lance em que são fortes. O Morten ainda fez um grande cabeceamento para uma grande defesa. Merecíamos sair daqui com o empate.”

Vaz Mendes
É jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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