O Atlético-MG teve a posse de bola, volume ofensivo e até chegou a carimbar a trave do Juventude por duas vezes com Rony, entretanto o volume criado não foi o suficiente para sair com os três pontos nesta terça-feira, na Arena MRV.
Sem efetividade e com o ataque mais uma vez ineficiente, amargou um empate sem gols com os gaúchos, no duelo que abriu a 26ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Oscilando sob o comando do argentino, Sampaoli começou a mostrar suas digitais com elenco, mesmo sem a referência de Hulk, suspenso, mas ainda longe de resolver o problema crônico do ataque atleticano na temporada.
Com mais um empate, perdeu a chance de entrar na zona de classificação para a Sul-Americana, ocupando a 13ª colocação, com 29 pontos, e com um jogo a menos ainda para cumprir.
Já o Juventude volta para Caxias do Sul com um ponto, porém conheceu seu segundo empate seguido e chegou a quatro jogos sem vencer, seguindo na zona de rebaixamento, com 23 pontos, e podendo ver a distância para os concorrentes aumentarem ao fim da rodada.
O Atlético-MG começou no melhor estilo Sampaoli. Elétrico na beira do gramado,o treinador impulsionou o ataque que logo de início carimbou a trave adversária, em cabeçada de Rony, em cruzamento de Scarpa. Apesar da posse de bola, a pressão mineira já não surtia tanto efeito e não criava mais tantas chances claras de gols.
A dobradinha entre Rony e Bernard fluiu bem, porém não com efeito desejado para abrir o marcador, com o Juventude neutralizando as ofensivas atleticanas. Na reta final, ocupando bem o campo de ataque, faltou qualidade e criatividade para furar o bloqueio gaúcho, que se portou bem e não teve capacidade para incomodar nos contra-ataques.
A segunda etapa voltou no mesmo ritmo intenso. Logo de cara, Rony parou novamente na trave, desta vez em cruzamento de Biel. Vendo que a saída era pelos lados do campo, o Atlético-MG seguiu apostando em cruzamentos e lançamentos longos, mas a falta de efetividade ainda era protagonista no ataque mineiro.
Nem mesmo a entrada de Dudu, aumentou a produtividade, com o time rondando demasiadamente a área do Juventude. Quando conseguiu algum espaço, Rony parou em Jandrei, numa rara finalização a gol. Aplicado defensivamente, o Juventude manteve sua postura e controlou a falsa pressão final do Atlético-MG, que frustrou seu torcedor.
O Atlético-MG volta a abrir a próxima rodada, a 27ª, no sábado, às 18h30, quando visita o Fluminense, no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Já o Juventude atua no domingo, às 18h30, diante do Fortaleza, em casa, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS).
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 0 JUVENTUDE
ATLÉTICO-MG – Gabriel Delfim; Lyanco, Iván Román (Natanael) e Vitor Hugo; Caio Paulista, Alan Franco, Bernard (Dudu), Igor Gomes (Gabriel Menino) e Gustavo Scarpa; Biel (Reinier) e Rony. Técnico: Jorge Sampaoli.
JUVENTUDE – Jandrei; Igor Formiga, Luan Freitas, Cipriano e Marcelo Hermes (Alan Ruschel); Peixoto (Rodrigo Sam), Jadson, Luis Mandaca e Lucas Fernandes (Rafael Bilu); Ênio (Sforza) e Gilberto (Matheus Babi). Técnico: Thiago Carpini.
CARTÕES AMARELOS – Alan Franco, Lyanco, Iván Román, Jadson, Alan Ruschel e Marcelo Hermes.
ÁRBITRO – Lucas Casagrande (PR).
RENDA – R$ 808.746,68.
PÚBLICO – 26.567 torcedores.
LOCAL – Arena MRV, em Belo Horizonte (MG).