Ilhabela participa do 1º Encontro dos Pescadores de Cercos Flutuantes

(Foto: Divulgação/PMI)

Na próxima quinta-feira (2), a Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria das Comunidades Tradicionais, Pesca e Agricultura, participa do Encontro dos Pescadores de Cercos Flutuantes de Ilhabela.

Além da troca de experiências e saberes entre os pescadores, o evento terá o momento de entrega das carteirinhas para os pescadores artesanais que fizeram o recadastro dos cercos flutuantes.

O encontro é um marco na defesa dos direitos das comunidades tradicionais sobre seus territórios de pesca, que garante o cumprimento das legislações ambientais e promove a sustentabilidade em seus três pilares: econômico, social e ambiental.

Aqueles que ainda não possuem a carteirinha terão a oportunidade de solicitar a licença no mutirão de regularização do evento. O documento oficial reconhece o pescador como autorizado a utilizar o apetrecho de pesca e como detentor da Licença de Pesca para Cerco Flutuante.

Organizado pela APA Marinha Litoral Norte via Fundação Florestal, o encontro recebe o apoio da Colônia de Pescadores Z-06 Senador Vergueiro e da Secretaria Municipal das Comunidades Tradicionais, Pesca e Agricultura de Ilhabela.

Grupo de Trabalho

Em Ilhabela, a Secretaria das Comunidades Tradicionais, Pesca e Agricultura integra o Grupo de Trabalho de Cercos Flutuantes e faz parte do colegiado responsável pelo Gerenciamento Costeiro do Estado de São Paulo (GERCO).

O GERCO é definido como um conjunto de ações, procedimentos e instrumentos para a gestão dos recursos naturais da zona costeira, de forma integrada e participativa, que visa a melhoria da qualidade de vida das populações locais e a sustentabilidade, por meio da compatibilização dos aspectos ecológicos, econômicos e sociais.

Sobre os cercos flutuantes de Ilhabela

O cerco flutuante é uma tradicional modalidade de pesca artesanal sustentável, introduzida no Brasil por imigrantes japoneses na década de 1920 e especialmente representativa no arquipélago de Ilhabela. Dentre os quase 100 cercos flutuantes existentes no Litoral Norte, cerca de 50 encontram-se no município.

Trata-se de um instrumento de rede passiva que permanece 24 horas por dia no mar, de modo que o peixe entre no cerco, mas encontre dificuldade para sair. Assim, quando a rede é puxada à superfície, o pescado aprisionado é recolhido.

A prática possibilita o seu embarque ainda vivo e garante um produto de maior qualidade, frescor e com mais tempo de prateleira nos mercados.

Além disso, os cercos flutuantes permitem um controle ambiental mais eficiente, uma vez que o peixe pode ser devolvido ao mar intacto e sem ferimentos de anzol em caso de defeso de espécies ou falta de valor comercial.

Botão Voltar ao topo