A Marinha do Brasil (MB) recebeu 86 mulheres, sendo 31 estrangeiras, de 23 países, nessa segunda-feira (25), para a realização do Curso de Operações de Paz para Mulheres. A presente edição do curso, por ser internacional, será totalmente ministrada no idioma inglês.
Brasileiras de 10 universidades e de quatro veículos de comunicação também estão entre as alunas. O evento, com cinco dias de duração, é organizado pelo Centro de Operações de Paz e Humanitárias de Caráter Naval (COpPazNav), localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Na próxima quarta-feira (27), a General de Divisão do Exército da Austrália Cheryl Pearce, Conselheira Militar da Organização das Nações Unidas (ONU) e primeira mulher a ocupar tal cargo, estará presente como palestrante de honra do curso. Ela ministrará a palestra para as alunas e, na sequência, estará presente em um breve exercício prático, no qual as cursandas participarão da simulação de uma base de missão de paz da ONU instalada numa região instável em termos de segurança. Tal atividade envolverá o emprego de blindados, além de técnicas de primeiros socorros a serem ministradas pela Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM).
A General australiana Cheryl Pearce, atual Conselheira Militar da ONU, comandou a Força de Paz da Nações Unidas no Chipre. A presença da Oficial General no curso fortalece o debate sobre a importância da participação feminina em Operações de paz, tema central da Resolução 1325 do Conselho de Segurança da ONU, que em 2025 completa 25 anos. Tal resolução reconhece o papel fundamental das mulheres na prevenção e resolução de conflitos, na construção da paz e na segurança internacional, estabelecendo a agenda denominada “Mulher, Paz e Segurança”. Em duas décadas e meia, a Resolução 1325 proporcionou avanços significativos, como o aumento do número de mulheres em cargos de liderança em operações da ONU e o incentivo à criação de políticas que considerem as necessidades específicas de mulheres e meninas em áreas de conflito.
O curso tem como objetivos impulsionar o conhecimento sobre Operações de Paz, ampliar a capacitação das mulheres nesse campo e destacar o impacto da presença feminina na busca de soluções pacíficas e sustentáveis.
