‘Morte’ da internet discada: AOL encerra acesso nos EUA e acaba de vez com o serviço

Com sons de modem que combinavam estalos e ruídos agudos, a marca se consolidou no mercado de conexão à internet

Computadores mais antigo usavam um modem interno para a internet discada. (Foto: Pixabay)

O acesso discado à AOL (America Online) será encerrado nos EUA em 30 de setembro, segundo um comunicado da empresa. Isso marca o fim do serviço que foi sinônimo de internet desde seu lançamento, em 1991.

“A AOL avalia rotineiramente seus produtos e serviços e decidiu descontinuar a internet discada”, diz a companhia de propriedade do Yahoo. “Este serviço não estará mais disponível nos planos da AOL. Como resultado, em 30 de setembro de 2025 este serviço e os softwares associados – o AOL Dialer e o navegador AOL Shield, otimizados para sistemas operacionais antigos e conexões discada – serão descontinuados.”

Com sons de modem que combinavam estalos e ruídos agudos, a marca se consolidou no mercado de conexão à internet.

No começo da operação da AOL, na década de 1990, a internet não era nada parecida com a atual: não tinha vídeos, redes sociais ou streaming. Ou seja, a maior parte dos sites era construído de páginas estáticas e textos.

O avanço da tecnologia fez com que os provedores avançassem até o ponto de oferecer conexão via fibra ótica, a mais rápida hoje em dia.

Não é a primeira vez em que a nostalgia afeta os clientes da AOL. Em 2017, a empresa encerrou o AIM, um serviço de mensagens instantâneas lançado 20 anos antes.

Para quem acha que internet discada já tinha acabado há muito tempo, na última contagem do censo americano, em 2019, a estimativa era de que 265 mil pessoas nos Estados Unidos ainda usavam a rede.

A companhia não divulgou quantos usuários ainda usavam o serviço, mas CNBC publicou que a AOL tinha 2,1 milhões de clientes de modems em 2015, número que caiu para alguns milhares em 2021.

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