Entre os dias 28 de julho e 8 de agosto, o Centro de Adestramento Leste (CA-Leste) sediou a Simulação Construtiva da Operação Atlas, um exercício que visa integrar e aprimorar a atuação das Forças Armadas no território amazônico. Neste ano, o CA-Leste já participou de sete exercícios de simulação semelhantes a este, com a previsão de realização de mais cinco.
A Simulação Construtiva é um tipo de simulação militar que utiliza plataformas digitais para representar e analisar cenários de combate. Ela permite o treinamento de militares na tomada de decisões, com base na doutrina militar. É uma ferramenta que busca reproduzir, com certo grau de fidelidade, situações de combate, utilizando sistemas computadorizados para simular o comportamento de tropas e equipamentos.
Nesse contexto, a atividade teve como principal objetivo o adestramento de Estados-Maiores em diferentes níveis, para o emprego de uma Força Terrestre Componente. Cerca de 85 militares, de diversos Comandos Militares de Área, participaram da simulação. Destaca-se que a atividade ocorreu de maneira integrada com a simulação realizada na cidade de Manaus-AM, também no escopo da Op ATLAS. No âmbito do Comando Militar do Leste (CML), destacaram-se a presença da Brigada de Infantaria Pára-quedista e do 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN).
Esse tipo de exercício é essencial para a preparação do componente terrestre das Forças Armadas, contribuindo para sua prontidão e preparo para o emprego em cenários que envolvam a defesa da soberania nacional, principalmente no que se refere à logística e ao Sistema de Mobilização Nacional em um contexto de conflito.
Concebida para fortalecer a capacidade de atuação das Forças Armadas em ambiente amazônico, a Operação Atlas será executada em fases sucessivas. As próximas etapas — o Deslocamento Estratégico e a Execução da Simulação Viva — ocorrerão entre 27 de setembro e 11 de outubro.
Nesse período, meios militares provenientes de todas as regiões do país serão concentrados em Manaus e Boa Vista, coroando um complexo planejamento logístico. As manobras táticas comprovarão não apenas a mobilidade estratégica e a interoperabilidade entre Marinha, Exército e Força Aérea, mas também o aperfeiçoamento da prontidão logística e operacional, apoiados por um avançado Sistema de Comando e Controle.
