
O Brasil encerrou a preparação para a estreia na Copa América. O primeiro compromisso da Amarelinha será neste domingo (13), às 21h (horário de Brasília), diante da Venezuela, no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, conhecido como Chillogallo, em Quito, no Equador.
A partida terá transmissão do SporTV e da TV Brasil. Em entrevista coletiva após o treino, o técnico Arthur Elias afirmou que o clima na equipe está leve para a estreia na competição.
“Eu acredito que o ambiente é uma parte importante de uma equipe vencedora. É preciso construir um espaço onde todas se sintam bem.
Temos um grupo muito unido, que coopera entre si e que carrega a identidade da jogadora brasileira. Vejo que é uma competição desgastante, e não só dentro de campo. Desde a convivência no hotel até o que a CBF tem feito, todos os profissionais da delegação tentam contribuir para criar esse ambiente leve para elas”, avaliou.
A adaptação à altitude é um dos desafios que a Seleção Brasileira Feminina terá de superar na disputa da Copa América.
Quito está a quase três mil metros acima do nível do mar. Arthur Elias explicou que todo o planejamento foi voltado para garantir que as jogadoras consigam superar as dificuldades e manter a alta performance.
“A altitude não muda a característica da Seleção. Imagino que vamos sofrer um pouco, mas acredito que isso traz crescimento.
Quando encontramos dificuldades, é preciso fazer o máximo para enfrentá-las, com estratégias que permitam às atletas manter a intensidade, que é a nossa principal característica de jogo”, afirmou.
O Brasil é o maior campeão da Copa América Feminina e busca o nono título. Vencedora das últimas quatro edições do torneio, a Seleção chega com certo favoritismo.
Já a Venezuela participou de todas as nove edições da competição, mas seu melhor resultado foi um terceiro lugar em 1991, na primeira edição.
Para esta estreia, a Venezuela tem uma vantagem: 26 dias de preparação, sendo 14 deles em Bogotá, que tem altitude semelhante à de Quito.
As venezuelanas chegaram à capital equatoriana no dia 4 de julho e estão mais bem adaptadas às condições. A equipe é treinada pelo brasileiro Ricardo Belli, ex-Palmeiras, velho conhecido de Arthur Elias.
“Conheço o trabalho dele, mas estamos em situações diferentes. Enfrentá-lo em clubes é diferente de enfrentá-lo em uma seleção. Preparei a equipe para possíveis mudanças no sistema de jogo.
A Venezuela tem atacantes que finalizam muito bem e meio-campistas experientes, que atuam em boas ligas. É uma seleção perigosa nos contra-ataques e nas bolas paradas. Por isso, é fundamental que a gente se imponha desde o início e mantenha a consistência ao longo do jogo”, finalizou.