publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Grande Prémio Abimota em ciclismo voltou a ser um sucesso e a próxima edição já está em marcha

O jovem Afonso Silva (AP Hotel & Resorts /Tavira /SC Farense) vestiu a camisola amarela na primeira etapa e segurou com determinação a liderança até ao fim da corrida de três dias

Afonso Silva foi o grande vencedor do 45º GP Abimota. (Foto: João Fonseca)

Em Portugal as corridas de ciclismo sucedem-se a bom ritmo, numa altura em que o calor começa a apertar. A 45ª edição do Grande Prémio Abimota, disputada na Zona Centro do país voltou a ser um sucesso e ficou a promessa de que no próximo ano voltará à estrada em moldes semelhantes, ou seja, três etapas em linha bastante duras, pois o terreno – um constante sobe e desce tipo rompe pernas – propicia um apetecido espetáculo, ainda que implique uma enorme dose de sofrimento para os valentes atletas do asfalto. Trata-se de um evento de altíssimo nível e que prima pela competência, não estranhando por isso o sentimento de saudade quando a competição chega ao final.

Para início de competição, a organização reservou uma etapa bem longa, pois o pelotão, composto por 117 corredores de 17 conjuntos (profissionais continentais e amadores do escalão sub-23), teve de enfrentar uma viagem de 186 quilómetros, ainda por cima debaixo de intenso calor. As hostilidades começaram em Proença-a-Nova, município de Castelo Branco, e terminaram na Anadia – zona do bom leitão e do excelente espumante… calma que mais lá para a frente abrimos o apetite -, com o jovem Afonso Silva, de 25 anos, da formação algarvia do SC Farense a cortar a meta em primeiro lugar, de parceria com o seu colega de equipa, o colombiano Jesus Pena, ficando os dois separados por um escasso segundo e a meio minuto do terceiro classificado.

A segunda tirada da prova cumpriu-se com uma ligação com início e final em Vouzela, município de distrito de Viseu, de novo um percurso bastante acidentado, mas mais curto, com pouco mais de 156 quilómetros. Afonso Silva não perdeu grande tempo para a forte concorrência e, ao cortar a meta na quinta posição, garantiu a liderança, voltando a envergar a camisola amarela da liderança na hora da consagração no pódio. Ditas assim as coisas até parece que o corredor “algarvio” andou a passear, mas valha a verdade que não foi o caso. Os outros conjuntos em disputa tentaram por diversas ocasiões as habituais fugas, mas a formação do jovem comandante nunca permitiu grandes veleidades, anulando toda e qualquer manobra mais ousada dos adversários.

E também foi assim na terceira e derradeira etapa da popular competição, corrida entre a linda Praia da Vagueira, em Vagos, e Águeda, municípios do distrito de Aveiro, um percurso de 130 quilómetros, que serviu para consolidar a supremacia de Afonso Silva, um dos valores seguros da modalidade. A correr em “casa”, a Anicolor – Tien 21 teve uma prestação mais modesta, depois de na semana anterior ter vencido o Grande Prémio Internacional Beiras e Serra da Estrela, prova que subiu um patamar no escalão (classe 2.1) é desde este ano equiparada à Volta a Portugal. Pedro Silva, natural de Barcelos, foi o melhor elemento da estrutura sediada em Águeda e tida como a formação mais valiosa da velocipedia nacional.

SOMA GROUP embala, cai e levanta-se

A equipa SOMA GROUP teve alguns azares durante a corrida. (Foto: João Fonseca)

É mais do que sabido que este tipo de corridas tem vencedores “anunciados”, ou seja, os conjuntos profissionais dispõem de argumentos suficientes para se superiorizar às chamadas equipas de clube (sub-23), como é o caso da SOMA GROUP, de Lordelo, Paredes. E aqui eu próprio faço questão de dar um toque mais pessoal ao texto, pois enquanto dirigente tenho uma ligação estreita ao conjunto orientado pelo antigo ciclista José Barros. Para já, é da mais elementar justiça relevar a importância dos nossos patrocinadores, nomeadamente a empresa SOMA COORDENADAS, que dá vida a um projeto cuja equipa tem a mesma denominação. E foi com muito gosto e orgulho que tivemos a companhia do chairman do grupo, o nosso caro amigo José Martins, companheiro de viagem numa das etapas do GP Abimota – já o fez noutras alturas -, o que ilustra bem o interesse pela modalidade, aliás um veículo publicitário como poucos, dado chegar sem encargos à porta das pessoas.

Não podemos dizer que este prémio correu de feição ao emblema do concelho de Paredes. Não por falta de aplicação dos atletas, mas porque os azares, como em todos os outros desportos, acontecem quando menos se espera. Um dos nossos corredores, um jovem colombiano de nome Tomas Berdugo em quem estavam depositadas grandes esperanças, teve uma aparatosa queda logo na primeira etapa e ficou bastante maltratado, principalmente nas mãos, o que o impediu desde logo de prosseguir em prova. Felizmente não fez nenhuma fratura, pelo que agora é mesmo só curar as feridas para voltar aos treinos e regressar à luta assim que as condições físicas o permitirem.

O corredor colombiano da SOMA GROUP foi obrigado a desistir devido a queda (Foto Vaz Mendes)

Por outras razões a SOMA GROUP perdeu nesta corrida mais dois elementos, o que naturalmente acabaria por enfraquecer o conjunto paredense. Os atletas que sobraram bateram-se com galhardia até final da competição, mas não o negamos, a prestação da equipa ficou aquém do que seria desejável e mesmo recomendável. Mas, como se diz na gíria, este não é o momento para carpir mágoas, pelo que já está em marcha a preparação para o Grande Prémio Internacional do Douro, prova que se disputa entre os próximos dias 8 e 10 de junho em zonas de beleza natural deslumbrante, quase sempre com o majestoso Rio Douro como cenário. A nossa equipa lá estará para o que der e vier, melhor dizendo, para honrar as entidades, patrocinadores e parceiros que nos apoiam.

Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017 em Pedrógão Grande. (Foto: IP)

Passagem por Pedrógão Grande: a dor ali estampada

O dia 17 de junho de 2017 ficou para sempre gravado na memória dos portugueses. Um dia em que um brutal incêndio tirou a vida a 66 pessoas que, encurraladas, não conseguiram encontrar saída diante de uma “fogueira” de dimensões enormes.

O Memorial às Vítimas dos Incêndios em Pedrógão Grande, concelho do distrito de Leiria, com os nomes de todos os que pereceram nos trágicos acidentes florestais – num total de 115 pessoas naquele ano -, inclui um lago com cerca de 2.500 quilómetros de área, e perpetua um dia terrível que, para lá das mortes, deixou marcas em mais de duas centenas e meias de pessoas, bem como a destruição de cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

A caravana do Grande Pémio Abimota passou naquela fatídica estrada e, cada um, à sua maneira, lembrou e homenageou todos aqueles que morreram e os que continuam a sofrer com a perda dos seus entes queridos. O incêndio ficou a dever-se a uma série de fatores adversos, incluindo as trovoadas e o tempo extremamente seco, para lá da vegetação também muito seca e abundante. De então para cá foram acauteladas as situações de limpeza, na altura em certos locais inexistentes, ainda que os verões em Portugal continuem a ser dramáticos, pois os ventos fortes têm contribuído para a propagação dos incêndios, muitos de origem criminosa, havendo quem defenda que o fogo posto é a principal causa deste tipo de desgraças.

Caves São Domingos comemoram 88 anos

As Caves do Solar de São Domingos celebraramos 88 anos com o lançamento de uma edição exclusiva. (Foto: tipo-grafia)

As Caves do Solar de São Domingos, com sede em Ferreiros, no concelho de Anadia, celebram 88 anos e assinalam a data com o lançamento de uma edição exclusiva – o «88 Brut Nature». São 140 garrafas de espumante formato Magnum, feito com uvas selecionadas manualmente, da Vinha das Andorinhas, e 84 meses de estágio nas Caves, através de um método inovador.

O aniversário da marca comemorou-se em sede própria. Reuniu mais de 200 pessoas, e contou com diferentes momentos: visita às Caves, palestra sobre a importância da cortiça na indústria vinícola (com a Amorim Cork), apresentação da edição especial, brinde e cocktail. O espumante está à venda na loja das Caves São Domingos pelo valor de 184,50 €.

Fundada por Elpídio Martins Semedo em 1937, a empresa Caves do Solar de São Domingos foi desde 1970 dirigida por Lopo de Sousa Freitas, responsável pelo grande desenvolvimento da casa ocorrido ao longo das últimas décadas. Inicialmente vocacionada para a produção de espumantes, de elevado reconhecimento nacional e internacional, ao longo dos tempos foi-se alargando a gama de produtos, adicionando-se aguardentes velhas, aguardentes bagaceiras e vinhos Bairrada, mantendo sempre uma preocupação constante com a qualidade.

Atualmente as Caves do Solar de São Domingos albergam nas suas galerias mais de dois milhões de garrafas de espumante – método clássico, permitindo um estágio médio de 2 a 10 anos em cave –, largos milhares de vinhos engarrafados e centenas de quartolas em carvalho francês destinados às aguardentes vínicas.

As galerias escavadas na rocha, a sala Baga destinada a provas e banquetes, o museu com mais de 80 anos de história expostos na sala Bairrada, e a loja de vinho, compõem a oferta de Enoturismo da marca. Com o passar dos anos o portefólio cresceu e conta agora com outras referências no mercado como Lopo do Freitas, Elpídio e Volúpia. Além disso, a marca implementou eventos de prestígio como o Espumante na Cidade ou o São Domingos Summer Fest. As Caves do Solar de São Domingos são, assim, uma referência incontornável da região.

O leitão é uma iguaria da zona Centro de Portugal. (Foto: Vaz Mendes)

Pois bem, mas nem só de espumante vive uma região onde o leitão da Bairrada é o prato típico da zona. O manjar, confecionado exclusivamente em forno a lenha, é servido com batata frita e salada a acompanhar – umas rodelas de laranja ajudam a equilibrar a gordura da carne e a realçar o sabor – e fazem a delícia dos bons apreciadores da iguaria. Há muitas e variadas casas a confecionar o típico prato – umas com mais nome do que outras -, mas, falo por experiência própria, por vezes entro em alguns restaurantes não tão conhecidos e nunca tive razão de queixa.

Claro que há sempre aquelas horas mais adequadas para se comer o leitão, especialmente ao almoço, altura em que sai do forno bem quentinhos e com a pele estaladiça. A não perder, com espumante a acompanhar, de preferência das Caves São Domingos, um dos patrocinadores do Grande Prémio Abimota em ciclismo.

Vaz Mendes
É jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒  
Botão Voltar ao topo