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Benfica sofre na Luz com o Mónaco, mas carimba passaporte para os “oitavos” da Liga dos Campeões

Num jogo atípico com três golos para cada lado, valeu aos encarnados o tento apontado na partida da primeira mão no Principado. Barcelona ou Liverpool, um deles será o próximo adversário das águias

Grego Pavlidis converte uma grande penalidade. (Foto: SL Benfica)

Para quem gosta de emoções fortes, esta partida foi o espelho do que é necessário para se viver uma espécie de loucura em doses fora do comum, mas não aconselhável aos mais sensíveis. Seis golos numa partida de Champions, sem se saber para que lado a sorte iria cair, por certo que fizeram o delírio de muitos, mas são motivo de preocupação para uma equipa que comete erros em demasia. Deslizes que poderiam ter sido fatais para a formação orientada por Bruno Lage, mas compensada com a excelente “artilharia” que possui para chegar ao golo, mesmo sem o astro argentino Di María. Mas quem tem Pavlidis, Kokçu e Akturkoglu arrisca-se a ser feliz.

Perante um Mónaco que havia perdido pela margem mínima na primeira partida da primeira mão do play-off de apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, o Benfica teve mais baixos do que altos. O conjunto do Principado disse desde muito cedo para o que ia e quis mandar na partida, deixando em pânico os 60 mil espectadores que acorreram à Luz. Em muitos momentos os assobios ouviram-se a bom som, contrastando com os ruidosos festejos dos golos. O primeiro surgiu aos 22 minutos pelo atacante turco Aktürkoğlu, mas os monegascos, ainda no primeiro período do jogo, empataram a partida com um tento do extremo japonês Takumi Mimamino.

A jogar sobre brasas debaixo de assobios
Para agravar a situação, o marroquino Bem Seghir, aos 32 minutos, colocou o Mónaco a vencer, com o guardião Trubin a ver a bola passar. Com a eliminatória empatada e o Benfica a jogar sobre brasas, à mistura com a contestação vinda das bancadas a condenar um futebol feito de passes errados e carente de profundidade, o técnico Bruno Lage viu-se obrigado a mexer no “onze”. E o certo é que as entradas do defesa sueco Samuel Dahl e do atacante suíço Zeki Amdouni tiveram o condão de serenar os ânimos, ainda que as águias não se tivessem livrado de alguns sustos.

O suíço Amdouni entrou e o Benfica melhorou ligeiramente a sua produção. (Foto: SL Benfica)

Muito rápidos sobre a bola e até intratáveis na forma como se apresentaram na Luz, os monegascos começaram a sentir o esforço despendido. Ao respirar um pouco melhor, o conjunto da Luz passou a exercer maior pressão sobre o adversário, coroada com o golo de grande penalidade apontado pelo grego Pavlidis, após falta sobre o norueguês Fredrik Aursnes sancionada pelo VAR. Mas Trubin, aos 81 minutos, haveria de sofrer o frango da noite – uma autêntica capoeira -, ao deixar a bola entrar na baliza a remate do nigeriano George Ilenikhena, após perda de bola do argentino e capitão de equipa Otamendi. Só que a resposta dos encarnados foi letal e o turco-holandês Orkun Kökçü acabou por decidir a eliminatória, depois de um excelente centro do lateral espanhol Carreras. Resta agora esperar quem tocará em sorte ao Benfica, que só pode ser o Barcelona ou o Liverpool.

Bruno Lage (treinador do Benfica): “Chegámos à vantagem com todo o mérito, mas realmente tivemos um período difícil a partir do golo. Tentámos corrigir algumas coisas ao intervalo e o Mónaco faz o 2-1, mas a equipa reagiu, os adeptos reagiram com a equipa e é com grande mérito que a equipa começa a pressionar de maneira diferente e é com grande mérito que marca três golos e segue em frente”.

Vaz Mendes
É jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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