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Sporting bate FC Porto (1-0) e está na final da Taça da Liga

O sueco Viktor Gyokeres voltou a ser decisivo ao apontar o único golo da sua equipa. Dragões entraram bem no jogo, mas a chama não durou muito

Sporting bate FC Porto (1-0) e está na final da Taça da Liga. (Foto: José Lacerda)

Numa partida com muito poucos rasgos de bom futebol, valeu ao Sporting a irreverência e o talento do avançado Gyokeres, que aos 56 minutos, apontou o golo que afastou o FC Porto da final da Taça da Liga. O golpe decisivo resultou de uma jogada no coração da área, com Geovany Quenda a colocar a bola nos pés do sueco, que não perdoou, como é seu costume, diante do guardião Cláudio Ramos. Os leões ficam agora a aguardar pelo seu adversário na final do próximo sábado, que sairá do confronto entre Benfica e Braga.

Este foi um daqueles confrontos em que se pode dizer que ganhou quem marcou e aproveitou a oportunidade, pois não houve uma superioridade nítida de um conjunto sobre o outro ao longo de todo o encontro. Esteve melhor o FC Porto no arranque da partida ao dispor de duas oportunidades para chegar à vantagem, primeiro pelo espanhol Nico González, depois por Rodrigo Mora. Já na etapa complementar, o Sporting foi um pouco mais atrevido, mas ainda está longe dos momentos áureos que viveu com Ruben Amorim. O novo técnico Rui Borges vai tentando implementar as suas ideias, inclusivamente alterou o sistema tático, pelo que ainda terá muito trabalho pela frente.

Já o FC Porto vive uma situação a que se poderá chamar um caso de estudo, pois o seu jogo é muito inconsequente. Tanto joga bem como joga mal e o treinador Vítor Bruno teima em acertar com um “onze” que lhe dê outras garantias para chegar ao êxito. A colocação do extremo brasileiro Galeno a lateral esquerdo é um remedeio à falta de outra solução credível no plantel, mas o problema maior está na incapacidade para chegar com perigo à área adversária. Muita retenção de bola e pouca progressão no terreno, com um ou outro rasgo mais intencional de Rodrigo Mora e de Nico González na tentativa de colocar a bola ao dispor do avançado espanhol Samu, o que é manifestamente redutor. E quando o internacional Pepê desaparece quase por completo, como aconteceu neste jogo, a situação fica ainda mais complicada.

Taça da Liga. (Foto: José Lacerda)

Vira o disco e toca o mesmo

As cinco substituições operadas ao longo do segundo tempo pelo FC Porto pouco ou nada trouxeram de novo à formação azul e branca. Já o Sporting mexeu para melhor no “onze”, ainda que também sem aprimorar significativamente o seu rendimento. Valeu o golo do suspeito do costume, que não falhou quando se apanhou isolado diante da baliza de Cláudio Ramos, que substituiu na baliza o habitual titular Diogo Costa. Aliás, fala-se agora com uma certa insistência no interesse do Bayern de Munique em Viktor Gyokeres, que estará na disposição de bater os 100 milhões de euros do valor da cláusula de rescisão do possante dianteiro sueco. Contudo, sendo certa a saída para um “tubarão” europeu, o seu futuro é uma interessante incógnita, ainda que o adeus a Alvalade só deverá acontecer no final da temporada.

Pelo que se viu esta meia final da Taça da Liga esteve muito longe de ser uma partida emocionante. Uma ou outra jogada mais intencional dos dois conjuntos disfarçou muitas carências e acabou por ganhar quem marcou. Muito pouco numa prova que não sendo a mais importante do calendário tem um troféu em disputa, o que é sempre apetecível e prestigiante. Criada na época de 2007/08, esta competição tem sido dominada pelos clubes ditos “grandes”, mas é o Braga que detém o troféu. Resta agora saber como é que o conjunto minhoto vai encarar mais logo a partida da outra meia final com o Benfica.

Rui Borges (treinador do Sporting): “A primeira parte foi equilibrada, mas faltava-nos um bocadinho de energia. Foi isso que pedi ao intervalo. Ajustámos um ou outro comportamento e entrámos muito bem na segunda parte, fizemos uma segunda parte muito boa até aos últimos 15 minutos, em que baixámos um pouco mais, mas é natural. Fomos perdendo o fulgor físico, mas a equipa bateu-se e nunca perdeu organização. Mesmo com o bloco mais baixo, o Porto não nos criou nenhum lance de perigo claro”.

Vítor Bruno (treinador do FC Porto): “É necessário perceber e fazer o exercício, dentro do balneário, de que é preciso sermos mais acutilantes e dar um bocadinho mais do que estamos a dar. Para haver golos é preciso enquadrar remates com a baliza. Não enquadrámos. O golo é muito cedo e a segunda parte fica condicionada por isso. Nós tentando injetar com munições a partir do banco, crescemos um pouco nos últimos 25 minutos, começámos a flanquear mais o jogo, também com dois avançados na frente, mas não criámos nenhum lance de claro perigo, a verdade é essa. O Sporting teve algum conforto a controlar no último terço”.

 

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Vaz Mendes é jornalista, natural da cidade do Porto, Portugal. Iniciou sua carreira na Gazeta dos Desportos, tendo depois passado pelo Record, Jornal de Notícias e Comércio do Porto, jornais de referência em Portugal. Participou da cobertura de múltiplos eventos nacionais e internacionais (Futebol, Basquetebol, Andebol, Ciclismo e Hóquei em Patins). Foi coordenador redatorial do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica). É responsável pelas redes sociais de equipes de ciclismo e dirigente desportivo em uma associação de Ciclismo. É colaborador do PortalR3, publicando textos escritos em português de Portugal.

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