Superávit do agro de SP cresce 9,25% em oito meses

Saldo da balança comercial do agro de SP registrou superávit de US$ 16,05 bilhões; setor representa 43,6% das exportações do estado

O agronegócio de São Paulo representou 17,8% do total nacional, aumento de 1,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano anterior. (Foto: Governo de SP)

O agronegócio paulista apresentou aumento nas exportações de 9,26%, atingindo US$ 19,81 bilhões, e alta de 9,3% nas importações, somando US$ 3,76 bilhões. Com esses resultados, o saldo da balança comercial do agro de SP, entre janeiro e agosto, obteve um superávit de US$ 16,05 bilhões, 9,25% superior em relação aos primeiros oito meses de 2023.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado de janeiro a agosto de 2024 foi de 43,6%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 7,5%, segundo levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

“Vemos o agronegócio, mais uma vez, como principal responsável pelo controle do déficit da balança, impulsionado mais uma vez pelos setores sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e o complexo soja”, ressalta Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento de SP.

Piai se refere às exportações paulistas nos demais setores da economia, excluindo o agronegócio, que totalizaram US$ 25,64 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 46,13 bilhões, resultando em um déficit externo de US$ 20,49 bilhões no período acumulado de janeiro a agosto de 2024.

Exportações por grupos de produtos

Os cinco principais grupos de produtos nas exportações do agronegócio paulista, de janeiro a agosto de 2024, foram:

  • Grupo Sucroalcooleiro: participação de 39,9%, totalizando US$ 7,91 bilhões, onde o açúcar representou expressivos 93,1% e o álcool etílico (biocombustível), 6,9%.
  • Carnes: 10,6% de participação, alcançando um valor de US$ 2,10 bilhões, com a carne bovina representando 84%.
  • Produtos Florestais: 10,4% de participação com um total de US$ 2,05 bilhões, sendo 53,8% de celulose e 38,6% de papel.
  • Complexo Soja: 10% de participação, registrando um total de US$ 1,98 bilhão, com a soja em grão representando 80,4%.
  • Sucos: 8,7% de participação, alcançando o valor de US$ 1,73 bilhão, sendo que o suco de laranja corresponde a 97,9% do grupo.

Esses cinco agregados representaram 79,6% das vendas externas setoriais paulistas. O grupo do café, tradicional no estado de São Paulo, ocupa a sexta posição, com 4,2% de participação, registrando US$ 837,61 milhões, 72,6% referente ao café verde e 23,5% ao café solúvel.

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Ante os primeiros oito meses de 2023, houve variações significativas nos valores exportados dos principais grupos de produtos paulistas, com destaque para aumentos nos grupos de café (32,6%), sucos (30,6%), complexo sucroalcooleiro (26,6%), produtos florestais (15,2%) e carnes (4,6%), e uma queda no grupo complexo soja de 35,5%. Essas variações nas receitas de comércio exterior refletem oscilações tanto nos preços quanto nos volumes exportados.

Participação de São Paulo no Brasil

O agronegócio de São Paulo representou 17,8% do total nacional, aumento de 1,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais estados exportadores em valores, São Paulo e Mato Grosso estão tecnicamente empatados, sendo que São Paulo ocupa a segunda posição, com 17,8% de participação, atrás de Mato Grosso (17,9%).

“Esses resultados só reforçam a importância do agro para a economia brasileira. Por isso, não medimos esforços para amenizar as perdas sofridas no campo por conta das queimadas registradas em todo o estado de São Paulo. Já liberamos R$ 6 milhões para ajudar os produtores rurais afetados pelo fogo e seguimos apostando em políticas públicas em prol do agro paulista”, enfatiza Guilherme Piai.

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