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Pindamonhangaba abre campanha Agosto Lilás com evento solidário e caminhada de conscientização

Campanha tem como objetivo sensibilizar a sociedade em geral e estimular a participação efetiva no enfrentamento à violência contra a mulher.

Início da caminhada na região central da cidade. (Foto: Divulgação)

A campanha Agosto Lilás foi aberta oficialmente na manhã deste sábado (5), em Pindamonhangaba. Para destacar o início da campanha, um evento foi realizado na Praça Monsenhor Marcondes e o ato contou com atividades corporais, exposição de trabalhos realizado pelas “Mães de Azul” e também com um “Varal Solidário”, ação que distribui roupas de maneira gratuita.

Após a abertura, foi realizada uma caminhada no entorno da praça, onde homens e mulheres vestidos com camisetas roxas, símbolo da campanha, caminharam juntos em solidariedade, transmitindo uma mensagem de empatia e apoio à vítimas de violência.

A advogada, doutora Sthela Freire, que preside o Conselho Municipal de Direito da Mulher e a Comissão de Direitos Humanos da OAB, falou da importância e de como são desenvolvidas as ações do Agosto Lilás. “A função do Conselho de Direito da Mulher tem um caráter tanto pedagógico quanto fiscalizador. Trabalhamos tanto no sentido de fazer campanha de incentivo, de alerta e divulgar canais de atendimento para mulheres que estão sofrendo violência, seja para que elas façam a denúncia ou que outras pessoas possam denunciar por elas, de maneira anônima, quanto para que a gente trabalhe parcerias cobrando do poder público que se efetivem políticas públicas de enfrentamento a violência contra a mulher, lembrando que a questão do enfrentamento não é só a questão direcionada como é a magnífica Lei Maria da Penha, um dos melhores instrumentos de defesa da mulher no mundo, que é nossa, é brasileira, mas também todas as formas de garantir que a mulher tenha acesso a emprego, tenha acesso a moradia, que ela possa colocar os filhos na creche, isso tudo são políticas de enfrentamento. Uma mulher que tem autonomia, consegue ter mais força e coragem para denunciar e de se resgatar de relacionamentos abusivos”, relatou a presidente do Conselho.

Evento na praça Monsenhor Marcondes. (Foto: Divulgação)

Vítimas de feminicídio são lembradas no ato
Sthela Freire também homenageou e lembrou de mulheres de Pindamonhangaba que foram vítimas de feminícidio e fez uma alerta ao aumento de número de casos de violência contra a mulher que foram registrados em 2022. “É importante lembrar que nesse momento em Pindamonhangaba estamos com duas mulheres internadas vítimas de tentativa de feminicídio, são números gritantes e assustadores que vieram de 2022, são absurdos, temos que lembrar que aqui no ano passado tivemos a jovem Juliana que foi assassinada na porta da escola, não podemos deixar o nome dela ser esquecido nunca, o que aconteceu tem que ser trazido ao debate, a luz dos fatos para que não ocorra mais absurdos como este”, lembra Sthela.

Projetos de empoderamento e apoio às mulheres são destacados
Representantes de projetos de acolhimento de mulheres estiveram no evento para divulgar e demonstrar as ações realizadas.

As representantes do “Mães de Azul” participaram promovendo e exibindo as ações do grupo que tem como principal objetivo o auxílio às crianças com espectro autista. Também estiveram presentes as voluntárias do “Mulheres Guerreiras Unidas”, projeto que é desenvolvido com mulheres do bairro Castolira, e o projeto “Arte e Terapia Inclusiva”, que promove a evolução e o tratamento de crianças atípicas através de exercícios corporais e de desenvolvimento de habilidades cognitivas.

A idealizadora do “Arte e Terapia Inclusiva”, a psicóloga e integrante do NAP (Núcleo de Apoio Psicopedagógico) de Pindamonhangaba, Danielle Araújo “Daya”, contou um pouco sobre seu projeto. “Representamos as mulheres e todas as pessoas que sofrem violência, crianças e adolescente com autismo e Síndrome de Down. Crianças atípicas normalmente sofrem muito preconceito e estamos aqui na luta por igualdade de direitos, igualdade de pertencer, trazendo a possibilidades de uma inclusão amorosa, fazendo com que as mães se sintam acolhidas, porque ás vezes apenas um olhar preconceituoso da sociedade para filhos assim, ‘violentam’, e aqui mostramos com esse trabalho muito afetivo, o quanto o amor pode fazer a diferença”, contou Daya.

DENUNCIE!
A campanha Agosto Lilás é uma oportunidade para que a população possa se unir contra a violência contra a mulher, fazendo sua parte e denunciando, o que pode ajudar a salvar uma vida.

Toda a pessoa que presenciar ou sofrer qualquer tipo de violência contra a mulher pode denunciar pelo telefone 100, que é o número dos Direitos Humanos, pelo número 180, que é o Disque Denúncia Nacional de Violência contra a Mulher, pelo 190, que é o número da Polícia Militar ou pelo 153, que é o número da Guarda Civil Metropolitana.

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