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Inclusão em escolas infantis de São José deixa todo mundo emocionado

Ação na Emei José Sodero Bitencourt uniu a família e a comunidade escolar. (Foto: Divulgação/PMSJC)

A educação é feita por meio de um trabalho em rede, com diversos profissionais e famílias em prol do desenvolvimento de cada criança. Para que seja bem feito e dê bons resultados, a inclusão é importante, desde as ações mais simples e rotineiras até os grandes projetos.

Entre as escolas infantis da rede de ensino municipal de São José dos Campos, dois exemplos recentes se destacaram reforçando a importância da educação especial inclusiva.

Em junho e julho, ocorreram as tradicionais festas juninas, que também movimentam as escolas, com arte, cultura, pratos típicos e apresentações das crianças para encantar os pais e familiares. Na Emei José Sodero Bitencourt, no Bosque dos Ipês, uma turma do pré 2 representou um pouco da cultura popular brasileira por meio da dança, com direito até a bumba meu boi especialmente criado para o Gustavo Borges Peres da Silva, de 6 anos, que é usuário de cadeira de rodas.

Juntas, as professoras Elaine Martins da Silva Lima e Rosemeire Borges Monti usaram da criatividade e do apoio da equipe da escola e da família do Gustavo para confeccionarem uma fantasia de bumba meu boi. Assim, o menino, que tem paralisia cerebral e TEA (transtorno do espectro autista), participou com os colegas da apresentação.

“Sou apaixonada pela educação especial, o Gustavo é um presente para nós, toda a turma abraça, brinca e se relaciona muito bem com ele”, disse Elaine. “Conversando com a mãe, ela nos falou do desejo de vê-lo participando na cadeira de rodas. E junto com a equipe da escola, começamos a pensar e pesquisar fantasias. Tivemos apoio e ajuda de muita gente no desenho e confecção. As crianças ficaram encantadas com a fantasia e todos quiseram brincar. Ensaiamos, e no dia da festa foi só alegria e emoção.”

Elaine destaca a repercussão positiva da festa. “Ele sorriu e amou participar. Os pais de outros alunos contaram na reunião que foi uma causa linda e que muitos ficaram emocionados. Quisemos com isso mostrar que o Gustavo é pertencente ao grupo e que todos da sala o amam da forma que ele é. Inclusão é um olhar atento e se colocar no lugar do outro.”

Para a mãe do aluno, Thais Peres, a ação fez a diferença. “As apresentações da escola eram um pouco frustrantes antes, porque ele não participava, mas neste ano foi mágico. Foi uma experiência incrível e muito emocionante. Toda a minha família foi assistir a apresentação. Foi importante e reforçou o pertencimento dele na turma e na escola. Meu filho participou de tudo. A festinha foi como uma celebração de tudo que fazemos diariamente para que ele continue sendo incluído. Ele é amado, respeitado e envolvido.”

Larissa Rodrigues, mãe do aluno Murilo, que é amiguinho do Gustavo, disse que a escola tem sido um motivo de alegria para os pais. “É visível o olhar cuidadoso com cada criança. Quando Murilo me contou sobre a dança e o bumba meu boi, fiquei emocionada. Tenho uma filha com trissomia do 21 (síndrome de Down), e sei que nós, mães, acabamos ficando inseguras de, talvez, sofrermos algum tipo de preconceito ou exclusão. Mas eu vejo que na escola todos são totalmente comprometidos e amorosos uns com os outros.”

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Libras

Outra atividade rotineira na vida escolar é a reunião de pais. No dia 5, a atividade foi marcante na Emei Ana Lúcia de Castro Micheleto, no Tatetuba, com uso da Central de Libras da Prefeitura para que Sabrina Antunes Freitas, mãe do Benjamim Felipe Antunes Freitas, de 6 anos, do pré 2, participasse com outros pais e responsáveis.

Segundo a equipe gestora, a professora de Benjamim, Letícia, manifestou a preocupação em possibilitar que a mãe do aluno pudesse acompanhar de forma efetiva a reunião. A Central de Libras, apresentada em formação oferecida pela rede, foi a alternativa para garantir acessibilidade e promover a inclusão.

A diretora Débora Consiglio afirmou que a reunião foi um sucesso. “A Sabrina acompanhou todo trabalho realizado, e pôde realmente se sentir parte, como todas as famílias. Com atitudes assim, todos nós somos beneficiados. Poder proporcionar momentos como esse na escola é gratificante.”

Na opinião de Sabrina, foi muito importante ter a ferramenta na reunião de pais para saber o que a diretora e as professoras falaram sobre o filho dela. “Eu me dei muito bem e entendi a intérprete no vídeo. Fiquei feliz sabendo o que ele aprendeu, que ele é focado na aula e estudioso. A escola é boa, acho incrível ter mais inclusão e espero poder acompanhar o Benjamim na escola, me comunicando com eles.”

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