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FESTE 2022 é encerrado com premiações e espetáculo “Oitenta e Oito”

Organização e equipe do espetáculo “Oitenta e Oito” apresentado no encerramento do FESTE 2022. [Foto: Allan Modesto | PortalR3]
Chegou ao fim, no domingo (20), a 44ª edição do Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba (FESTE). Foram 10 dias, agora com a presença do público, que pode se divertir, por vezes emocionar-se e também refletir com os muitos temas que foram apresentados pelos grupos ao longo dos dois.

  • Veja neste link, a cobertura do Feste feita pelo PortalR3
  • Veja neste link fotos da premiação e do espetáculo “Oitenta e Oito”

Em 2022, a Secretaria de Cultura e Turismo recebeu 139 pedidos de inscrição de grupos teatrais de vários estados brasileiros, que foram selecionados pela Comissão de Seleção composta por Elisete Gomes, Simone Carleto e Victor Narezi. Com os grupos selecionados, a programação teve início no dia 10 e seguiu até ontem com os espetáculos acontecendo no Teatro Galpão, na Estação Cidadania (Moreira César), na Praça Monsenhor Marcondes, no Parque da Cidade e ainda no Bosque da Princesa.

Foram 6 espetáculos na categoria Adulto, 5 na categoria Infantil, 5 na categoria rua, 7 espetáculos convidados, 4 oficinas culturais e também um animado cortejo teatral com a comunidade Hari Khrisna. Debates ao fim de cada espetáculo, com os críticos Dib Carneiro, Luiz Carlos Laranjeira e Cida Almeida coordenados pelo debatedor Victor Naressi, abrilhantaram e permitiram a troca de conhecimento entre grupos e um melhor entendimento do público sobre os temas de cada peça teatral.

Alcemir Palma, secretário de Cultura e Turismo de Pindamonhangaba, fala durante o encerramento do evento. [Foto: Allan Modesto | PortalR3]
Antes da apresentação do último espetáculo, foram conhecidos os premiados desta edição.

Ao falar sobre essa edição, entre agradecimentos e elogios, o secretário de Cultura e Turismo de Pindamonhangaba, Alcemir Palma, definir em uma curta frase o seu sentimento: “Muito feliz, feliz mesmo. Transbordando de alegria”.

A categoria Adulto premiou como Melhor Espetáculo “O chão de dentro é minha terra”, da Cia Los Puercos, de São Paulo (SP). O prêmio de Melhor Atriz foi para Maria Baú, do espetáculo “Os Rastros das Marias” e o de Melhor Ator ficou com Tiago Mine Aberta, por sua atuação em “Boris não está Pronto”. Já o Prêmio Especial do Júri, pela pesquisa em teatro, foi para para o espetáculo “A Dócil Cia” Teatro da Cidade, de São José dos Campos.

Espetáculo “O chão de dentro é minha terra”. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)

Na categoria Rua, o melhor espetáculo foi “A flor de mamulengo, da Mamulengo Água de Cacimba, de Olinda (PE). A premiada como Melhor Atriz foi Ana Cristina Freitas, do espetáculo “A caravana dos pássaros errantes, do Grupo Nômade, de São José dos Campos e o prêmio de Melhor Ator foi para Jonas di Paula, também do Grupo Nômade.

O Prêmio Especial do Júri foi para o grupo “Mamulengo Água de Cacimba”, pelas pesquisas, ações culturais e contribuições ao Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, prosseguindo com as tradições do Teatro de Mamulengos, patrimônio imaterial desde 2015.

Já “Tico Bonito, do grupo Circo e Teatro Éramos Três, de Cascavel (PR), recebeu a Menção Honrosa pela sua trajetória como ator-palhaço das ruas e suas colaborações ao FESTE 2022.

Equipe do espetáculo Tatipirun. [Foto: Allan Modesto | PortalR3]
Na categoria Infantil, o prêmio de Melhor Espetáculo foi para Tatipirun, da Companhia Teatral La Trapera, de Pindamonhangaba. O prêmio de Melhor Atriz foi para o trio Fernanda Nunes, Isadora Bellini e Larissa Garcia, do espetáculo “Ora Bolas, Clarinha e suas histórias”, da Cia Maria Emília, de Campinas (SP) e o de Melhor Ato ficou com Cláudio Saltini, do espetáculo “Circus, a nova tournée”, da Cia Circo de Bonecos, de Salto (SP).

O prêmio Especial do Juri neste categoria foi para “E o sol avermelhou, da Cida Arte-Móvel, de Santa Bárbara d’Oeste (SP), pela excelência na abordagem cênica da temática da sustentabilidade no teatro para o público infantil.

OITENTA E OITO

Encerrando a noite no Teatro Glpão, o espetáculo “Oitenta e Oito”, da Cia AYA, de São José dos Campos (SP), trouxe um drama vivido por Ada e Felipa, ex-escravas vindas de lugares distintos e que os caminhos se cruzam na cidade do Rio de Janeiro, onde desenvolvem uma relação de amizade e confidências.

Ada e Felipa. [Foto: Allan Modesto | PortalR3]
A temática, apresentada no Dia da Consciência Negra (20/11) traz como ponto de partida a abolição da escravatura em 1888, mas é muito mais do que isso. Trechos marcantes vividos pelas duas amigas provoca em quem assiste sentimentos diversos. Ao citar o artigo 5º da Constituição de 1988, também fazem um paralelo com os dias atuais, mostrando que muita coisa ainda precisa mudar. A melhor forma de sentir “Oitenta e Oito” é assistindo-o!

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