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Grânulos com microescleródios de Metarhizium são eficazes contra Aedes aegypti

Conforme pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, da Embrapa Meio Ambiente e do USDA, Estados Unidos, a maioria dos mosquitos foi morta dentro de 6 dias após exposição aos grânulos/pellets esporulados, independentemente do tempo de exposição, que foi de 1 minuto a 24 horas e em ambiente com umidade relativa de 75 ou >98%. (Foto: reprodução)

Formulações granulares contendo vermiculita como principal carreador e microescleródios – estruturas de resistência produzidas por alguns fungos que garantem a sua sobrevivência em condições ambientais adversas – do fungo entomopatogênico Metarhizium humberi como ingrediente ativo, têm potencial para uso contra Aedes aegypti, um importante vetor de vírus causadores de dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

Conforme pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, da Embrapa Meio Ambiente e do USDA, Estados Unidos, a maioria dos mosquitos foi morta dentro de 6 dias após exposição aos grânulos/pellets esporulados, independentemente do tempo de exposição, que foi de 1 minuto a 24 horas e em ambiente com umidade relativa de 75 ou >98%.

Essa abordagem de controle biológico usando uma estrutura de resistência do fungo em grânulos ou pellets em locais de postura de fêmeas do mosquito A. aegypti é inédita e foi desenvolvida pelo grupo liderado pelo professor da UFG, Christian Luz. O próximo passo contemplará testes em campo usando recipientes atrativos para oviposição do mosquito tratados com essas formulações.

Microescleródios são estruturas de resistência do fungo produzidas pelo método da fermentação líquida submersa, a qual se dá em apenas 4 dias. Celulose microcristalina e terra diatomácea ou uma combinação de vermiculita, terra diatomácea e dióxido de silício foram testados como veículos em formulações granulares contendo microescleródios.

O analista da Embrapa Meio Ambiente, Gabriel Mascarin, explica que uma faixa de 93 a 96,5% de umidade relativa foi crítica para a germinação miceliogênica e esporulação pelos microescleródios, e pelo menos 96,5-98,5% de umidade foi necessária para alta produção de conídios em pellets ou grânulos. Além disso, a produção de conídios foi maior em pellets e grânulos preparados com vermiculita do que naqueles preparados com celulose microcristalina como veículo inerte principal.

O estudo completo de Juscelino Rodrigues, Alaine Maria Lopes Catão, Amanda Soares dos Santos, Flávia Regina Santos Paixão, Thainá Rodrigues Santos, Juan Mercado Martinez e Ricardo Neves Marreto, Éverton Kort Kamp Fernandes, e Christian Luz da Universidade Federal de Goiás, Gabriel Moura Mascarin, da Embrapa Meio Ambiente, e Richard Alan Humber, da USDA-ARS Robert W Holley Center for Agriculture and Health, Ithaca, NY, USA, está disponível em: link.springer.com/article/10.1007%2Fs00253-021-11157-6.

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