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Paulo André comemora o tetra dos 100 m no Troféu Brasil de Atletismo

Paulo André vence os 100 m. (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

O Troféu Brasil Caixa de Atletismo 2020, que está sendo disputado até domingo (13/12) no estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, São Paulo, definiu na tarde de sexta-feira (11) os campeões dos 100 m, uma das provas de maior prestígio no programa olímpico. E os resultados foram espetaculares.

Paulo André Camilo de Oliveira e Vitória Rosa, ambos do Pinheiros, confirmaram o favoritismo em provas muito disputadas. Mesmo sem estar na melhor forma – optou por reiniciar os treinos para 2021 -, Paulo André comemorou o tetracampeonato brasileiro dos 100 m e ratificou a condição de rei da velocidade no País, com 10.13 (-0.3).

“Competi para ganhar, para defender meu título e estou muito feliz por ter sido protegido por Deus”, comentou o atleta, dono da segunda melhor marca na história na prova na América do Sul, com 10.02, e já qualificado para a Olimpíada de Tóquio. “Ainda vou correr os 200 m e o revezamento 4×100 m pelo Pinheiros e depois volto aos treinos visando a temporada 2021”, lembrou o paulista, radicado desde criança em Vila Velha, no Espírito Santo. “A expectativa é voltar a competir só em abril.”

Felipe Bardi dos Santos (SESI-SP), que obteve o recorde pessoal com 10.11 (0.1) nas semifinais, ficou em segundo lugar, com 10.18. “Meu objetivo é brigar pelo índice olímpico (10.05) e buscar uma vaga também no revezamento 4×100 m do Brasil”, disse. “Mostrei que tenho capacidade. Posso ir mais longe, com certeza”, concluiu. Derick de Souza (Pinheiros) levou o bronze, com 10.25.

No feminino, sob chuva, a final foi eletrizante e decidida na fotografia de chegada. Vitória Rosa e Ana Carolina de Jesus Azevedo (Orcampi) completaram os 100 m em 11.41 (-0.7), com a atleta do Pinheiros ficando com o ouro.

Vitória Rosa, campeã nos 100 m
(Wagner Carmo/CBAt)

“Não fiquei feliz com o resultado. Não sei onde errei”, afirmou a atleta carioca, que correu a semifinal de quinta-feira (10/12) em 11.32 (-0.1). “Mas vencer o Troféu Brasil é muito importante”, completou a velocista, que agora disputará os 200 m, prova em que está qualificada para os Jogos de Tóquio-2021.

A recordista sul-americana da prova, Rosangela Santos, também do Pinheiros, ficou com a medalha de bronze, com 11.46.

Thiago André (Balneário Camboriú) comemorou a vitória nos 800 m no Troféu Brasil. Foi a terceira da carreira, depois de ter vencido em 2015 e 2017. “Fiquei muito feliz com o resultado num ano tão difícil”, disse o corredor fluminense, que assumiu a liderança no Ranking Sul-Americano de 2020, com 1:46.33. “Agora tenho de falar com o meu técnico para definir a preparação. Estávamos com foco imediato no Mundial Indoor, que acabou adiado para 2023”, comentou. Thiago, finalista dos 800 m no Mundial de Londres-2017, treina com o polonês Tomasz Lewandowski, com acompanhamento de Alex Sandro Lopes, em Campinas (SP).

Eduardo Ribeiro Moreira (Pinheiros), de apenas 19 anos, conseguiu o recorde pessoal, com 1:46.87, conquistando a medalha de prata, seguido de Guilherme Kurtz (APA-RS), com 1:47.12, também recorde individual.

Nos 800 m feminino, vitória de Mayara dos Santos Leite (Pinheiros), com 2:07.29, no primeiro título do Troféu Brasil. “Um ano difícil não poderia terminar melhor”, disse a atleta, que treina em São Paulo com Cláudio Castilho.

Liliane dos Santos Mariano (Pinheiros) ficou com a medalha de prata, com 2:07.63, enquanto Jaqueline Beatriz Weber (AMO-RS), que liderou a prova até a reta final acabou com o bronze, com 2:08.08.

Na heptatlo, especialidade que define a atleta mais completa da competição, a paulista Raiane Vasconcelos Procópio (AABLU) chorou muito pela conquista. Foi o seu primeiro pódio na carreira e logo com a medalha de ouro na principal competição interclubes da América Latina, com 5.759 pontos.

“Fiquei muito emocionada e esta vitória vai servir de estímulo para treinar e me dedicar ainda mais. Vou doar 200% da minha vontade para melhorar em cada prova”, contou Raiane, nascida em Cotia, mas que treina com Edemar Alves, no CNDA, em Bragança Paulista (SP), onde também mora.

Vanessa Chefer Spínola (Pinheiros), atleta experiente e medalha de bronze no Pan-Americano de Toronto-2015, foi a vice-campeã, com 5.472, seguida de Jenifer Nicole Vieira Norberto (Pinheiros), com 5.409 pontos.

Alessandro Bolt, campeão no salto em distância. (Foto: Wagner Carmo/CBAt)

No salto triplo, Gabriele Sousa dos Santos (Pinheiros) comemorou o bicampeonato da competição, com 14,17 m (-1.0). “Não fiquei feliz com a marca porque essa temporada praticamente não existiu. Meu objetivo agora é me concentrar muito para 2021. Não quero apenas o índice olímpico, quero muito fazer a final em Tóquio”, disse decidida a atleta carioca, que treina com Nélio Moura, em São Paulo.

Keila Costa, que representou o Brasil em quatro Jogos Olímpicos, terminou com a medalha de prata. A representante do Atletas com Futuro obteve a marca de 13,83 m (-0.3), seguida de Ketllyn Pamela Daniel Zanette (UCA), com 13,31 m (-0.5).

Nos 3.000 m com obstáculos, Tatiane Raquel da Silva (IPEC) conquistou o décimo título e a 11ª medalha do Troféu Brasil, com o tempo de 9:59.72. A atleta que disputará ainda os 1.500 m foca as energias para o índice olímpico. “Vamos torcer para a situação melhorar. Meu objetivo é integrar a equipe em Tóquio”, disse a corredora treinada por Claudio Castilho.

Simone Ponte Ferraz (APA-SC) ficou com a prata, com 10:21.43, seguida de Mirelle Leite (Projeto Atletismo Campeão), campeã brasileira sub-20, com 10:45.81.

Na prova masculina, Altobeli Santos da Silva (Pinheiros) comemorou o quinto título consecutivo nos 3.000 m com obstáculos, com 8:34.32. “Meu objetivo era quebrar o meu recorde do torneio (8:26.06) de 2017, mas não consegui. Acho que fiz uma prova bacana no final”, comentou o atleta paulista, que tentará ainda a sexta medalha de ouro do Troféu Brasil nos 5.000 m.

Israel Tiago Pereira Mecabo (AACN-SC) foi o vice-campeão, com 8:55.03, seguido de Jean Carlos Dolberth Machado (Pinheiros), com 8:56.82.

No salto em altura, uma surpresa. Sarah Suelen Fernandes Freitas (Projeto Atletismo Campeão) foi a campeã, com 1,78 m. “Não estava entre as favoritas para a vitória, mas queria muito subir ao pódio”, comentou. Arielly Kailayne Monteiro Rodrigues (Rondonópolis), campeã brasileira sub-20, ficou com a prata, também com 1,78 m. Valdileia Martins (Orcampi) terminou em terceiro lugar, com 1,75 m.

Geisa Arcanjo (Pinheiros) confirmou o favoritismo e venceu o arremesso do peso, com 17,22 m, seguida de Livia Avancini (IPEC), com 16,94 m, e de Milena Jaqueline Sens (ACARISUL), com 16,52 m.

No decatlo, após cinco provas, Felipe Vinícius dos Santos (AABLU) é o líder, com 4.477 pontos. Jordan Santos de Souza (Orcampi) ocupa a segunda colocação, com 4.055, seguido de José Fernando Ferreira Santana (Projeto Atletismo Campeão), ganhador da medalha de ouro em 2019, com 4.024 pontos.

Na classificação geral, após quatro etapas, o Pinheiros lidera com tranquilidade, somando 223,5 ponto na busca pelo pentacampeonato. Orcampi está em segundo lugar, com 85 pontos, seguido da AABLU (78), IEMA (36) e CT Maranhão (33 pontos).

Por causa dos protocolos sanitários, criados em função da pandemia da COVID-19, não é permitida a presença do público no estádio.

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