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Caminhos da Fé | Celebrar a Páscoa

O Ressuscitado é o nosso alimento. (Foto: Divulgação)

Como cristãos, católicos, celebramos neste domingo, a Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Jesus Cristo. Neste artigo, gostaria de refletir o texto bíblico de Mateus 28,1-10, dando destaque a quatro sinais: 1) Não tenhais medo; 2) Ide; 3) alegrai-vos; 4) Anunciai aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia.

“Não tenhais medo”: por duas vezes, no texto ouvimos esta expressão, a primeira vinda do Anjo e a segunda, do próprio Jesus. A título de recordação, a primeira vez que ouvimos isso, foi na anunciação à Maria, ocasião em que o anho lhe aparece, a saúda e afirma que ela não precisaria ficar com medo, porque tudo aconteceria pela força do Espírito. Retomar esta expressão neste domingo de páscoa, é entender que existe uma ponte e não um abismo, entre o mistério do Natal e a Pascoa, ou seja, perguntamo-nos o porquê do nascimento de Jesus quando o vemos sofrer, morrer e ressuscitar.  Olhando para nossa vida, temos tantos medos, inseguranças e fragilidades que são vividas, superadas e cuidadas a partir do exercício da nossa fé. A fé ensina-nos a superar nossos medos. A Páscoa ensina-nos a vencer tantas coisas que nos fazem morrer.

Por isso, a expressão não tenhas medo estará também na boca do Ressuscitado quando Ele diz às mulheres: “não tenhas medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. A primeira expressão de segurança veio da presença do anjo, a segunda, veio do próprio Jesus Cristo. Nele, as mulheres, os outros discípulos e também nós, encontramos o sentido da vida.

Há na Páscoa, um mandato missionário: “Ide depressa contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos e que vai à vossa frente para a Galileia”. As mulheres são chamadas a serem anunciadoras e testemunhas da vida nova que há no Ressuscitado. Atualizando, somos também provocados a esta atitude missionária, a contar aos outros, com a vida principalmente, aquilo que celebramos ao longo destes dias. Não se trata de repetir ou inventar uma história, mas de transmitir aquilo que foi sinal autêntico na consciência, no coração de cada um.

Um dos caminhos que podemos testemunhar, pode ser a experiência que fizemos fora do comum, em celebrar a Semana Santa, em casa, como Igreja doméstica, rezando em família. Isto certamente mexeu conosco, provando nossa fé e ensinando-nos a sermos testemunhas da ressurreição, começando pela família.

A terceira expressão de nós ouvimos no texto do evangelho,  está quando se diz:  Alegrai-vos! O próprio ressuscitado foi ao encontro das mulheres e lhes diz para que celebrem a alegria. Papa Francisco, na Exortação Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), afirma que: “a alegria toma conta do coração daqueles que se encontram verdadeiramente com Cristo” (EG 1).  Esse encontro que não se dá apenas na forma dos ritos, das celebrações, mas que se dá através da oração e também se dá principalmente através do outro. Neste ano, nesta situação de Pandemia, redescobrimos o valor do outro, de estar com ele, de celebrar sua vida, sua amizade, seu companheirismo. A fé, ensina-nos a viver o isolamento social e a enxergar na vida do outro (ou dos outros), o sentido da Ressurreição.

A quarta expressão: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia”. Lembramos que Jesus começa seu trabalho missionário pelo mar da Galileia. O convite do ressuscitado para voltar aonde tudo começou, é recordar que sempre precisamos considerar nosso ponto de partida, nossa origem, onde também começou a nossa fé. Celebrar a Páscoa, é fundamentar a fé. No tríduo pascal, a Igreja contempla os três maiores dias da sua caminhada. Renovar, preencher e atualizar nossa crença, é um exercício pascal.

Quero desejar a todos, que a Páscoa seja uma ocasião para superarmos nossos medos, tomarmos consciência de nossa vocação missionária, de que sonos chamados a sermos promotores da alegria, de modo que, os encontros com Jesus, Ressuscitado, sejam expressão de vida nova. Feliz e Santa Páscoa a todos.

Padre Kleber Rodrigues da Silva, é pároco e reitor da Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pindamonhangaba-SP. Natural de São Luiz do Paraitinga-SP, é o caçula de 12 filhos. Foi ordenado padre em 15 de maio de 2004. É formado em Filosofia, Teologia, Publicidade e Propaganda e atualmente está fazendo Pós-Graduação, em Gestão Religiosa e Paroquial.

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   DA REDAÇÃO | acompanhe a coluna Caminhos da Fé

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