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Caminhos da Fé | A dimensão da oração: um caminho para a obediência

Tela “A Oração no Jardim”, com tema Jesus ora no jardim, do artista Andrea Mantegna (1431-1506), pintor italiano do período renascentista. Obra está na Galeria Nacional, em Londres, Inglaterra. (Foto: Flickr/Aron Macedo)

Ao experimentarmos este momento de Pandemia, passamos a exercitar nossa fé, numa busca de respostas, do cultivo da esperança e principalmente do desejo de que tudo passe logo e para tanto, recorremos a prática da oração, nos diversos credos.

A grande referência ou modelo de oração para os cristãos, está na pessoa de Jesus Cristo. Ele mesmo a praticou muitas vezes, ela fazia parte do seu cotidiano e o auxiliava no caminho de anúncio do Reino, de tomada de decisões, no chamado dos apóstolos, no deserto, nos momentos de agonia, principalmente antes de sua paixão e morte. Jesus procurava retirar-se no alto da montanha, e ali no silêncio, de forma prolongada, estabelecia o seu diálogo com o Pai.

Ao rezar, Jesus, desenvolve sua intimidade com Aquele que lhe confiou uma missão e ali assimila o que significa “fazer a vontade do Pai”. Aqui temos um elemento importante no desenvolvimento de nossas orações: crescer na intimidade e aprender a fazer a vontade do Pai. Neste contexto, cabe-nos uma pergunta: Em que consiste a vontade do Pai? A resposta é dada num trecho da oração do Pai: “venha a nós o vosso Reino”.

Realizar a vontade do Pai, é construir o Reino. Não se trata de pensa-lo como um lugar geográfico, onde estão os privilegiados, as autoridades religiosas, os assíduos. A compreensão de Reino, deve partir do sentido de fazermos algo pelo e para o outro. Por isso, primeiramente são participantes deste Reino, os pobres, os excluídos, os necessitados, os doentes, os oprimidos e tantos outros que poderíamos elencar aqui.

Aqui descobrimos um outro fator que aprendemos com a oração: olhar para a realidade que nos cerca. Afinal a oração ensina-nos a ter dois olhares: o vertical e o horizontal. Para cima e para baixo, ou para os lados.

Neste período de Pandemia, vamos descobrindo nossa capacidade de orar, de dirigir-se à Deus, através de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo. Aprendemos a transformá-la em atitudes, e a principal neste momento é obedecer e ficar em casa. Jesus expressou sua obediência, no alto da cruz, no momento sublime da dor, da entrega, do sofrimento, assim, ao associarmos este momento, ao vivido pelo Cristo, sejamos obedientes.

Padre Kleber Rodrigues da Silva, é pároco e reitor da Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pindamonhangaba-SP. Natural de São Luiz do Paraitinga-SP, é o caçula de 12 filhos. Foi ordenado padre em 15 de maio de 2004. É formado em Filosofia, Teologia, Publicidade e Propaganda e atualmente está fazendo Pós-Graduação, em Gestão Religiosa e Paroquial.

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