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Entidades fortalecem parceria pela igualdade de gênero e debate sobre financiamento inovador

ONU Mulheres, OIT e União Europeia fortalecem parceria com setor empresarial pela igualdade de gênero e debate sobre financiamento inovador. (Foto: Pacto Global/Felippe Abreu)

Parceria das três organizações com setor empresarial promove trocas de experiências e cases sobre soluções para o empoderamento econômico das mulheres e como mobilizar investimento inteligente com enfoque de gênero

Igualdade de gênero é sinônimo de bons negócios. Esta foi a mensagem transmitida por porta-vozes de empresas premiadas e signatárias dos WEPs (Princípios de Empoderamento das Mulheres) e de mulheres empreendedoras entre os dias 7 e 10 de outubro, em São Paulo, durante uma série de eventos promovida no âmbito do Programa Ganha-Ganha: Igualdade de gênero significa bons negócios, iniciativa realizada pela ONU Mulheres e Organização Internacional do Trabalho (OIT), em parceria e com o financiamento da União Europeia em seis países da América Latina e do Caribe: Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Jamaica e Uruguai.

Na noite de segunda-feira (7/10), entre as 68 finalistas do Prêmio WEPs Brasil 2019, a Unilever foi a única empresa vencedora na categoria diamante. A companhia foi destaque nas melhores práticas para a promoção de igualdade de gênero no ambiente de trabalho e na comunidade, tendo atingido mais de 95% de aproveitamento na implementação dos WEPs e sido reconhecida na categoria ouro da edição anterior. Para o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignácio Ybanez Rubio, “a desigualdade entre homens e mulheres é um problema em todo mundo. Cerca de 40% dos europeus ainda pensam que as mulheres devem ficar em casa. Esta é um desafio que precisamos enfrentar”.

Desde 2014, quando contava com 81 inscritas, o Prêmio WEPs 2019 saltou para 181 empresas brasileiras que estão implementando os Princípios de Empoderamento das Mulheres, iniciativa lançada pela ONU Mulheres e Pacto Global da ONU em 2010.

A representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino, destacou que o Brasil passou de terceiro a segundo lugar no mundo em empresas engajadas nos WEPs. “A diversidade gera até 35% mais de lucro para as empresas”, afirmou. Para o secretário executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira, “isto mostra a urgência de ampliarmos a discussão”.

Experiências e cases – Após a premiação, a agenda continuou em 8 e 9 de outubro, com o “Fórum WEPs 2019: Um chamado à ação pela transformação social”. No evento, foi apresentada a ferramenta para medir a igualdade de remuneração nas empresas. “Estamos aqui reunidos e reunidas para reafirmar nosso compromisso de incorporar, junto aos negócios, as melhores práticas de igualdade de gênero e empoderamento das mulheres no ambiente de trabalho”, ressaltou a diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Maria-Noel Vaeza.

A ONU Mulheres também conta com a ferramenta de análise de lacunas dos WEPs, que é gratuita e confidencial. Mais de 1.835 empresas já a utilizam em 115 países. No Brasil, o instrumento está disponível em português para download gratuito pelo link http://weps-gapanalysis.org/.

Realidades e desafios a serem enfrentados – Estereótipos na propaganda, interseccionalidade, licenças parentais e violência contra as mulheres foram debates centrais da programação da quarta-feira (9/10), que encerrou o Fórum WEPs 2019. A necessidade de implementação de ações para promover um ambiente seguro de assédio sexual, atenção às vítimas e promoção da educação foram os principais pontos expostos pelos painelistas. O racismo e a incidência dele nas relações de trabalho, assim como os efeitos do machismo na vida profissional das mulheres foram temas amplamente abordados durante o evento.

Propostas de apoio às mulheres que são mães no mercado de trabalho e corresponsabilidade dos homens nos cuidados também tiveram destaque na programação. Foram assuntos discutidos: reconhecimento da parentalidade como um momento importante na vida das e dos profissionais e de práticas como diálogos, encontros e apoio direto às mulheres no ambiente empresarial.

Financiamento inovador em gênero – Como encerramento da semana de discussões sobre empoderamento das mulheres, o Programa Ganha-Ganha realizou, na quinta-feira (10/10), o seminário internacional “Promoção de financiamento inovador por meio de investimentos inteligentes em gênero: experiências, oportunidades e desafios”. Sistemas de inclusão financeira, capacitação, empreendedorismo e caminhos para diminuir obstáculos para acesso a financiamento e crédito por parte de mulheres marcaram os debates do evento.

Para a diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e Caribe, Maria-Noel Vaeza, “é necessário que mulheres aprendam a utilizar o sistema financeiro. Somos esses 50%, mas com uma energia muito forte para remover os obstáculos que enfrentam as pequenas e médias empreendedoras”. A coordenadora regional do Programa Ganha-Ganha da OIT América Latina e Caribe, Maria Victoria Giulietti, ressaltou que desde 2015, a OIT vem produzindo informes sobre o setor privado e as vantagens que empresas têm na contratação de mulheres.

Maneiras de trazer mulheres à formalidade no mercado de trabalho e investimentos voltados para esse objetivo também foram amplamente debatidos por meio de diagnósticos, dados e trocas de experiência.

“Apenas 8% dos investimentos financeiros são destinados ao empreendedorismo feminino, apesar do grande potencial de retorno financeiro que apresentam”, salientou a especialista em Investimento de Impacto e Financiamento Inovador do escritório regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Gabriela Rosero. A formação de redes de networking e matchmaking (relacionamento e encontro de partes interessadas) – unindo quem deseja investir com quem precisa do investimento – foi uma das soluções apresentadas.

O trabalho da ONU Mulheres por meio do programa Ganha-Ganha é permanente e pode ser acompanhado pelo site http://www.onumulheres.org.br/ganha-ganha/

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