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O Sesc Taubaté oferece programação destinada ao mês da consciência negra

(Foto: Divulgação/Sesc)

Novembro é o mês da consciência negra e o Sesc Taubaté preparou uma programação especial com oficinas de musica e dança, contações de historias, shows , saraus e intervenções.

Uma programação de valorização e reconhecimento às expressões da cultura negra constitutivas da sociedade brasileira: a corporeidade da África ancestral, os orixás, a percussão afro-brasileira, a desconstrução de um olhar errôneo sobre o lugar do negro no país.

Nos dias 3, 10, 17 e 24, às 10h acontece a oficina Percussão Afro-Brasileira: Os Tambores dos Orixás, com Leandro Perez. A atividade baseia-se numa prática reflexiva sobre a música afro-brasileira que visa estabelecer a relação desta com a mitologia dos orixás (deuses das tradições africanas) e com os orikis (poesia simbólica yorubá), compreendendo, dessa forma, sentidos, contexto histórico, a dança, ritmos e a simbologia musical dessa tradição.

O tambor de mão, especificamente o atabaque (instrumento percussivo utilizado em diversas tradições populares e/ou religiosas), é o instrumento de referência desta oficina, aberta a iniciados e iniciantes em percussão. Leandro Perez é ogã (músico ritualístico de uma casa de candomblé/umbanda) na cidade de São Paulo e pesquisador da cultura popular brasileira.

Também nesses mesmos dias, mas, às 12h, ocorre a oficina Agô: Corporeidade e Ancestralidade, com Regina Santos. Inspirada nas Danças dos Orixás, a oficina tem como objetivo buscar a ancestralidade contida na nossa corporeidade afro-brasileira.

O estudo inspira ainda conexões com o simbólico de cada dança, o que estimula novas maneiras corporais de se expressar e se reconectar consigo, com o outro e com a natureza.

A musicalidade é determinante nessas danças; toques específicos marcam o sentido da movimentação. As aulas acontecem com acompanhamento de percussionistas.

Regina Santos é bailarina afro, historiadora, arte-educadora e pesquisadora da cultura tradicional africana e afro-brasileira, com formação em danças brasileiras e africanas no Brasil (Casa de Cultura Tainã, Instituto Brincante, Funceb e outros), e no exterior (École des Sables-Senegal, Centre Momboye-Paris).

No dia 3, às 16h, é hora da contação de história Banzo, com Agô Performances Negras. Banzo é uma contação de história performática que através da legitimação, valorização e conscientização da história dos negros no Brasil, propõe diálogos e interações com o público.

A atividade busca difundir uma arte negra contemporânea, com raízes e práticas afetivas e ancestrais, tendo como ponto de partida o Banzo é nome dado ao sentimento de nostalgia, tristeza, saudades de sua pátria, costumes familiares e principalmente de sua liberdade. Sentimento esse que os negros africanos escravizados sentiam ao serem tirados de seu país de origem.

No domingo, dia 4, às 16h, acontece o show com o grupo Filosofia Reggae. Formado há 15 anos em São Caetano do Sul, no ABC paulista, o Filosofia Reggae distingue-se pela liderança feminina nos vocais.

No show, Dana David, Nina Roots e Dodô apresentam músicas do álbum Você & Eu, além de releituras em reggae de músicas como Olhos Coloridos e Gostava Tanto de Você.

Nas quartas feiras de novembro, às 19h30 ocorrem Saraus Afro, com o coletivo Poetas de Rua. Jovens apresentam temas da negritude todas as quartas de novembro em shows, poesias e outras artes.

Os saraus, concebidos a partir de rodas de conversa que aconteceram ao longo de outubro, num espaço compartilhado de conversa e criação, são abertos também para quem quiser chegar e participar.

No dia 11, às 16h, o show Velha Guarda Musical da Camisa Verde e Branco vai relembrar os clássicos do carnaval paulistano.

Formada atualmente por Dadinho, Melão, Paulinho, Mário Luís, Mesquita e Márcio Graxa, a Velha Guarda Musical da Camisa Verde e Branco, uma das mais antigas escolas de samba de São Paulo, é uma referência para sambistas de diversas gerações.

Além dos clássicos o grupo vai interpretar sambas de compositores como Talismã, Zeca da Casa Verde, Ideval e Zelão, além de composições dos próprios integrantes da Velha Guarda.

Dia 17, às 16h, acontece a contação de histórias Cafú e o Café, com Agô Performances Negras. A contação de história nos convida a fazer uma viagem no tempo, de maneira bem descontraída e dinâmica, até as fazendas de café do Vale do Paraíba do século XIX.

A história central gira em torno de situações de racismo com o personagem Cafú, que é cotidianamente hostilizado pelos colegas de classe, sendo chamado de café ao invés de Cafú, causando sua tristeza. Tais situações fazem com que muitas crianças e jovens desconheçam sua origem, desvalorizando e ao mesmo tempo negando as memórias, histórias e valores afro-brasileiros.

No dia 18, às 16h, Tássia Reis celebra com um show o aniversário de cinco anos da canção que a destacou no cenário musical brasileiro, Meu Rap Jazz.

A cantora também apresenta o repertório do álbum Outra Esfera, lançado em 2016, acompanhada por DJ 3D, Lívia Mafrika (apoio vocal), Kiko Sousa (teclados), Jhow Produz (bateria), Sintia Piccin (sax e flauta) e Weslei Rodrigo (baixo). Com letras fortes e beats pesados, Tássia mistura rap com vertentes da música brasileira.

Já no dia 24, às 16h, tem Atitude Negritude, com a DJ Maah Fernandesv(discotecagem), Chorão (grafite) e Jeff (dança de rua). A trilha que embala a discotecagem deste encontro é referenciada nos sons de matriz africana espalhados pelo mundo. Soul, funk, jazz, samba e jongo, entre outras vertentes musicais, compõem a paisagem sonora.

Enquanto rola o som, o grafiteiro Chorão vai criar, ao vivo, uma obra referenciada na africanidade. O espaço também terá intervenções de dança de rua e de rap.

Finalizando as atividades do mês da consciência negra, no dia 29, às 20h30, acontece o Recital O Negro Na Ópera. A soprano Edna de Oliveira, a “mezzo” Mere de Oliveira e o pianista e barítono Admir Costa desenvolvem juntos um trabalho didático e performático que busca a conscientização das dificuldades e das possibilidades do negro no universo operístico brasileiro.

O recital traz a história das primeiras cantoras líricas negras, da luta pela participação social e cultural dos povos escravizados, as influências e mesclas culturais entre África e Brasil, e África e EUA, e desmistifica a estética única imposta até o começo do século 21.

Antes de cada apresentação musical no mês acontece a Intervenção Pérolas Pretas, com Ricardo Rodrigues. O ator realiza intervenções, sempre abrindo as apresentações musicais de novembro, referenciadas em temas ligados à negritude.

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