fbpx
publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Fibria encerra 2º trimestre com Ebitda e fluxo de caixa recordes e alavancagem atinge 1,58 vezes em dólar

Unidade da Fibria em Jacareí (SP). (Foto: divulgação)

A Fibria, empresa brasileira e líder mundial em celulose de eucalipto a partir de florestas plantadas, bateu novos recordes de desempenho operacional no segundo trimestre do ano ao atingir Ebitda (sigla para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,5 bilhões e margem Ebitda de 58%, beneficiada pelo aumento do preço da celulose em reais, maior volume de vendas e pela melhora nos custos de produção, apesar do impacto da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio. O fluxo de caixa livre de R$ 1,7 bilhão, excluindo-se investimentos não recorrentes e antes do pagamento de dividendos, também foi recorde para um trimestre.

A combinação desses resultados com uma robusta solidez financeira fez com que a Fibria retornasse, no segundo trimestre de 2018, ao nível de alavancagem que possuía antes de iniciar o ciclo de investimento na construção da segunda linha de produção de Três Lagoas (MS) ao atingir 1,58 vezes em dólar na relação dívida líquida/Ebitda, o menor nível desde o terceiro trimestre de 2015, quando os investimentos do projeto de ampliação estavam na fase inicial. O segundo trimestre de 2018 também marcou a conclusão, com sucesso, da curva de aprendizagem da nova fábrica em Mato Grosso do Sul, dentro dos nove meses previstos no projeto.

“Completamos o ciclo. Anunciamos a expansão em Três Lagoas em maio de 2015 e, em agosto de 2017, iniciamos a operação da nova linha, antes do prazo e abaixo do orçamento, tendo preservado o grau de investimento durante todo o período. Agora, no segundo trimestre deste ano, a curva de aprendizagem da fábrica foi concluída e voltamos, em apenas dez meses após sua entrada em operação, ao nível de alavancagem que tínhamos há três anos. Tudo isso mostra a qualidade da decisão do investimento, o alto grau de excelência na execução do projeto e a competitividade estrutural da companhia. Conquistamos um alto patamar de estabilidade operacional da nova linha de produção que se traduz na nossa capacidade de obter desempenhos econômicos ainda melhores”, afirma Marcelo Castelli, presidente da Fibria.

Em relação ao mercado de celulose, o segundo trimestre do ano foi marcado pela continuidade dos fundamentos positivos. A demanda continuou sólida nos principais mercados, o que contribuiu para o aumento de 11% no volume vendido na comparação com o 1T18 em função do crescimento das vendas para a Ásia e América do Norte. Em relação ao 2T17, o aumento de 15% nas vendas deveu-se à entrada em operação da segunda fábrica em Três Lagoas, suportada pelo bom desempenho da demanda, sobretudo na Ásia. No segundo trimestre de 2018, as vendas da Fibria atingiram 1,768 milhão de toneladas.

Do lado da oferta, além dos problemas de disponibilidade de madeira ocorridos nos primeiros meses do ano, outros eventos não programados continuaram a pressionar os estoques, com destaque para a greve de caminhoneiros ocorrida em maio, que restringiu a capacidade de produção das indústrias do setor localizadas no país, resultando numa redução de oferta estimada em cerca de 250 mil toneladas de celulose de fibra curta. No segundo trimestre, o volume de produção de celulose da Fibria foi de 1,6 milhão de toneladas, estável em relação ao primeiro trimestre, principalmente em função do impacto da greve dos caminhoneiros, que ocasionou uma redução de 67 mil toneladas.

O custo caixa de produção da Fibria no segundo trimestre foi de R$ 668/tonelada, 6% inferior ao primeiro trimestre, devido principalmente ao menor impacto das paradas programadas para manutenção, melhor resultado com a venda de energia, parcialmente compensado pela greve dos caminhoneiros, cujo impacto foi de R$ 31/tonelada, e à valorização do dólar frente ao real. Se expurgamos os efeitos das paradas programadas das fábricas e da greve dos caminhoneiros, o custo caixa de produção do segundo trimestre foi de R$ 598/tonelada, inferior ao trimestre anterior, excluindo-se o efeito das paradas programadas naquele período e também inferior ao custo caixa de produção do mesmo trimestre de 2017.

Como a Fibria é uma empresa de natureza exportadora e detém cerca de 60% da dívida contratada em dólar, qualquer movimento de desvalorização do real favorece a condição financeira da companhia por aumentar seu Ebitda e seu fluxo de caixa livre. Por outro lado, provoca um efeito contábil, não caixa, de aumento principalmente no saldo da dívida contratada em dólar quando da conversão da mesma para reais. Como consequência desse efeito, não presente em períodos de estabilidade da moeda, o resultado financeiro foi negativo em R$ 2,239 bilhões no segundo trimestre em decorrência, majoritariamente, da desvalorização de 16% do câmbio que incide sobre a posição da dívida e no resultado de hedge. Em função do resultado financeiro negativo, a Fibria registrou um prejuízo contábil de R$ 210 milhões no segundo trimestre. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a companhia contabiliza um lucro líquido de R$ 405 milhões.

“Neste trimestre, atingimos recorde de Ebitda e fluxo de caixa livre, com a alavancagem atingindo 1,58x em dólar. A capacidade da Fibria de manter a trajetória de desalavancagem é significativa se pensarmos na contribuição dos novos volumes de vendas decorrentes da segunda linha de produção de Três Lagoas e que os patamares de preço da celulose e câmbio do segundo semestre do ano passado foram inferiores ao cenário atual de mercado”, diz o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti.

Conforme Fato Relevante divulgado em 16 de março, os acionistas controladores da Fibria – Votorantim S/A e BNDESPar (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações S/A) – assinaram um acordo com a Suzano Holding S/A e com os demais acionistas controladores da Suzano Papel e Celulose S/A para combinar as operações acionárias da Fibria e da Suzano por meio da realização de uma reorganização societária. Até a data da consumação da operação, que depende da aprovação dos órgãos regulatórios no Brasil e no exterior, Fibria e Suzano permanecem operando de forma independente.

Veja também




Botão Voltar ao topo