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Estudo de Cena apresenta espetáculos do projeto Teatro e Memória em Tremembé

(Foto: Fernando Solidade)

Estudo de Cena apresenta espetáculos sobre a história do Brasil em Tremembé no fim de semana

No próximo fim de semana, a Estudo de Cena apresenta dois espetáculos diferentes em Tremembé – Região Metropolitana do Vale do Paraíba. O grupo retrata importantes conflitos brasileiros do século vinte e revisita uma parte da história brasileira pouco conhecida.

Nos dias 21 e 22 de Julho, a Companhia Estudo de Cena realiza apresentações gratuitas das peças A farsa da justiça e Guerras Desconhecidas na Quadra da Escola Prof Maria Amália do Patrocínio no Assentamento Conquista do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, localizado na cidade de Tremembé – Região Metropolitana do Vale do Paraíba – São Paulo.

As apresentações fazem parte do projeto “Teatro e Memória”, da Companhia Estudo de Cena, contemplado pelo edital 09/2017 do PROAC Circulação de espetáculo de Artes Cênicas para Rua no Estado de São Paulo. Com este projeto o grupo convida a população para participar de um momento de troca, de valorização à memória e à cultura brasileira.

“Nosso teatro narra histórias de revoltas populares que não são lembradas pela história oficial do país, mas que pertencem ao imaginário coletivo de parte do povo brasileiro e retratam a diversidade de nossa cultura. Nesse contexto, esse projeto é um convite à memória social, para que através dela possamos refletir sobre o nosso presente.” – complementa Diogo Noventa, diretor e dramaturgo da Companhia.

A temporada de circulação do projeto “Teatro e Memória” acontece entre Junho e Agosto, com apresentações confirmadas em Santos, Pindamonhangaba, Guararema, Cajati, Presidente Prudente, São Paulo e ABC Paulista. Os espetáculos apresentados serão Guerras Desconhecidas e A Farsa da Justiça.

Sobre o espetáculo Guerras Desconhecidas

O espetáculo Guerras Desconhecidas é apresentando em uma “Barraca de Cena”, um teatro mambembe realizado em uma estrutura de ferro e lona, com cerca de trinta e seis metros quadrados. Com essa barraca, o grupo já se apresentou em lugares emblemáticos para a criação do espetáculo. Em uma temporada especial pelo sertão, o grupo visitou feiras, praças e universidades das cidades de Juazeiro, Canudos, Uauá e Euclides da Cunha, na Bahia e Alagoa Grande, Itabaiana e João Pessoa, na Paraíba. Além de ter realizado vinte apresentações experimentais em dez feiras livres diferentes da cidade de São Paulo.

As cenas realizadas remetem o público a três guerras brasileiras que não aparecem na história oficial do país: a Guerra do Pau de Colher, a Guerra de São Bonifácio e a Guerra do Quintino Gatilheiro. A fonte de pesquisa dessas histórias foi o caderno “Guerras desconhecidas do Brasil” escrito pelo jornalista Leonencio Nossa e publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro de 2010.

Guerras Desconhecidas faz alusão também a escritos dos palestinos Edward Said e Mahamud Darwich, do peruano Aníbal Quijano e do poeta da Martinica, Aimé Césaire. Composto por diferentes recursos, o espetáculo é referenciado em jogos, brincadeiras populares e pantomimas.

Criado em 2013, Guerras Desconhecidas, é um espetáculo de variedades que estreou em 2014. Tem como tema central conflitos sociais da história do Brasil, essas demonstrações coletivas de luta por uma vida digna e por respeito à diversidade cultural brasileira. Com ele, o grupo recebeu o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro na categoria de “Grupo Revelação do Estado de São Paulo”.

Sobre A Farsa da Justiça

O fato que ficou mundialmente conhecido como O Massacre de Eldorado dos Carajás, aconteceu no sul do estado do Pará, quando um grupo de trabalhadores sem terra interditou a estrada PA-150 em um ato pela reforma agrária, mas foi reprimido pela polícia militar que agiu com extrema violência, matando oficialmente 19 trabalhadores e deixando 71 feridos. Entre os feridos estava Inácio Pereira, que se fez de morto, foi jogado no caminhão dos corpos e se revelou vivo apenas quando chegou ao Hospital de Eldorado dos Carajás. Posteriormente 02 feridos faleceram, totalizando 21 mortos.

Era o dia 17 de abril 1996 e desde então, este dia se tornou a data mundial de luta pela terra.

No ano de 2005, a peça A farsa da Justiça Burguesa foi criada pela Brigada Nacional de Teatro do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) sob a coordenação de Augusto Boal, para ser apresentada na Marcha Nacional pela Reforma Agrária de 2005. Durante o evento, a apresentação do espetáculo aconteceu em meio a forte repressão policial. Por conta de sua estrutura, a peça não foi mais retomada pelo MST.

Em 2012, a Companhia Estudo de Cena retomou e adaptou a peça rebatizando-a de A farsa da justiça, com o objetivo de apresenta-la nas ruas e espaços de reflexão crítica. O grupo montou então o espetáculo de rua A farsa da justiça, uma adaptação do texto criado pela Brigada Nacional de Teatro do MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, com coordenação dramatúrgica de Sérgio de Carvalho.

Mais informações em: www.facebook.com/Companhia-Estudo-de-Cena

Espetáculo: A Farsa da Justiça

Quando: dia 21 de julho de 2018 – sábado – Horário: 19h

Nessa comédia trágica um tribunal é montado. Na seção um sobrevivente do Massacre de Eldorado dos Carajás, Inácio Pereira, que se fingiu de morto para garantir a vida, é julgado e condenado por negar o justo heroísmo.

Duração: 45 minutos – Indicação etária: 14 anos – Grátis

Espetáculo: Guerras Desconhecidas

Quando: dia 22 de julho de 2018 – domingo – Horário: 16h

O espetáculo apresenta ao público três guerras brasileiras que não aparecem na história oficial do país. O espetáculo é composto de um prólogo e três atos: Guerra do Pau-de-Colher, Guerra de São Bonifácio e Guerra do Quintino Gatilheiro. A narrativa é conduzida por Lampião, Zapata, Pantera Negra e Santa Dica, personagens do imaginário social do nosso continente. Para a criação a Estudo de Cena teve como base o caderno “Guerras Desconhecidas do Brasil” escrito pelo jornalista Leonencio Nossa e a construção de um teatro mambembe, a Barraca de Cena, montada em feiras, praças e ruas.

Duração: 90 minutos – Indicação etária: 14 anos – Grátis

Onde: Assentamento Conquista, do MST – Quadra da Escola Prof Maria Amália do Patrocínio – Endereço: Av. Gen. Gabriel Rafael da Fonseca, 2139 – Tremembé – São Paulo.

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