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Rei Momo abre carnaval do Rio em cerimônia no Palácio da Cidade

Cercado por sua corte, Rei Momo exibe chave da cidade e abre o carnaval de 2018 no Rio. (Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Rei Momo abriu oficialmente hoje (9) o carnaval do Rio de Janeiro, em uma cerimônia no jardim do Palácio da Cidade, com a presença do prefeito Marcelo Crivella, No ano passado, a prefeitura transferiu a cerimônia para o Sambódromo, e a festa foi aberta sem a presença do prefeito.

Tradicionalmente, a chave da cidade é entregue ao Rei Momo na sexta-feira antes do Carnaval, o que marca a abertura oficial da folia no Rio de Janeiro. A chave passa o ano sob a guarda do Instituto Cultural Candonga, que traz o artefato simbólico para que o prefeito entregue ao Rei Momo. Apesar de estar presente, Crivella não entregou a chave, que passou diretamente do Instituto Candonga para o Rei Momo, Milton Júnior, que há seis anos faz a declaração oficial de abertura.

“Vamos brincar com consciência, nos divertir à exaustão, mas com consciência e sem violência. Muita união e muita paz. Declaro agora, oficialmente, aberto o carnaval do Rio de Janeiro!”, disse o Rei Momo, ao lado de sua corte e da secretaria municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, e do presidente da Riotur, Marcelo Alves.

Ao discursar, o prefeito afirmou que o carnaval é um momento paradoxal, que traz otimismo e esperança no meio de um cotidiano de desigualdade e violência. Crivella negou ter preconceito contra a festa e disse que ele é que foi sempre discriminado desde que se converteu à Igreja Universal.

“Não é verdade quando as pessoas dizem que o prefeito tem qualquer tipo de preconceito contra o carnaval. Até porque sou alvo de muito preconceito e discriminação, e entendo, e é assim desde criança, desde o tempo em que me converti”, disse Crivella, que afirmou ter feito todos os esforços possíveis para que o carnaval deste ano tivesse sucesso e brilho.

Visita ao Sambódromo
Antes da solenidade, o prefeito fez uma vistoria no Sambódromo, que estava marcada para 10h, mas ocorreu antes do horário previsto. Na Marquês de Sapucaí, Crivella visitou camarotes, conheceu as estruturas de som e iluminação do Sambódromo e chegou a ser atingido por um jato de água de um hidrante. Após a visita, ele brincou: “Se o bombeiro encostar ali, vai poder apagar incêndio até no Catumbi [bairro vizinho ao Sambódromo]”.

Jornalistas que acompanhavam a visita perguntaram se Crivella entregaria a chave ao Rei Momo, e ele respondeu que a entrega simbólica estava virando “um dogma religioso”. Naquela altura da manhã, a informação oficial era de que a cerimônia de entrega das chaves seria fechada à imprensa.

“Esse negócio de entrega das chaves está virando um dogma religioso. A vida inteira, entregaram-se as chaves ao Rei Momo. Melhorou a educação? Melhorou a saúde?”, questionou o prefeito, que continuou: “Não vejo a importância, esse enfoque tão grande, que se dê meramente a uma chave. Não consigo ver a importância disso”.

Crivella afirmou que o Carnaval é importante, como um momento de aplaudir o “esforço extraordinário” de pessoas que são, em sua maioria, simples e humildes, mas ponderou: “Na escala das hierarquias, é uma festa. É uma festa apenas. Bem representativa desse esforço de ressuscitar de nossas tragédias”.

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