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Pesquisadores de primatas visitam áreas naturais de São José

Um grupo de cerca de 35 pesquisadores de diversas regiões do Brasil e de outras partes do mundo visitou, nesta semana, duas áreas naturais em São José dos Campos: o Parque Alambari, zona leste, e Parque Natural Municipal Augusto Ruschi, na zona norte.

O objetivo foi o avistamento de grupos do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) que ocorrem no município. Os primatas vivem no fragmento de 5 mil metros quadrados de mata nativa do Parque Alambari.  No Parque Natural Augusto Ruschi já foram identificados pelo menos três grupos familiares, com 13 indivíduos.

Os pesquisadores, entre biólogos e veterinários, estão participando do “III Workshop sobre Conservação e Manejo de Calitriquídeos (saguis)”, que está acontecendo de 4 a 8 de dezembro em Guarulhos, São Paulo e oportunizou a vinda do grupo a São José.

O evento é promovido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Durrell Conservation Trust (organização inglesa dedicada a salvar espécies da extinção).

A visita foi guiada pelo biólogo Wagner Lacerda, pesquisador do Muriqui Instituto de Biodiversidade, que há alguns anos vem monitorando grupos do sagui-da-serra-escuro na região e contou com a participação de representantes da Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade e Secretaria de Saúde da Prefeitura de São José dos Campos e do escritório regional do ICMBio – APA Mananciais do Rio Paraíba do Sul.  Vieram também pesquisadores de Viçosa, Manaus, Rio de Janeiro e do Reino Unido, do zoológico conservacionista Jersey Zoo, mantido pela Durrel.

Lacerda explica que os pesquisadores trabalham com diversas espécies de mamíferos e primatas, em cativeiro e em vida livre, visando a reintrodução na natureza e que a Durrell Conservation é parceira de diversos projetos de conservação de espécies no Brasil, como os do Mico Leão Preto e Mico Leão Dourado. Há cerca dois anos atuam com o Callithrix aurita.

“O intuito da visita a campo foi avistar o aurita em vida livre e conhecer a situação dele em relação a espécies exóticas e híbridas (aquelas que resultam do cruzamento com espécies exóticas), conhecer populações isoladas em pequenos fragmentos como acontece no Parque Alambari, e deste modo discutir estratégias de manejo a longo prazo”, afirmou.

A ocorrência e reprodução da espécie em áreas de proteção ambiental do município demonstram a importância dos fragmentos florestais remanescentes para a conservação da biodiversidade na região.

Parque Alambari

O parque público Alambari foi implantado na região leste em 2008, dentro do planejamento estabelecido no Plano Diretor do Município.

O Parque abrange uma área de 11,70ha, contendo uma extensa área de mata nativa e de reflorestamento voltada para o lazer contemplativo.

Além desta área o parque conta com espaços destinados ao lazer ativo compreendendo: trilhas para caminhada, playground, estações de ginástica, campo de futebol, vestiário, quadra, sendo que estes espaços estão servidos por bancos e mobiliários urbanos como lixeira, placa de sinalização e iluminação.

Parque Natural

O Parque Natural Municipal Augusto Ruschi é a primeira Unidade de Conservação de Proteção Integral de São José dos Campos, criada em 17 de setembro de 2010, na área do antigo Horto Florestal, no bairro Santa Cruz da Boa Vista, região Norte.

O Parque é um dos principais fragmentos florestais do município, com 2 milhões de metros quadrados de mata atlântica preservada, dedicado exclusivamente a conservação da biodiversidade, pesquisas científicas, educação ambiental e turismo ecológico, conforme normas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.

O Sagui-da-Serra-Escuro

O primata Callithrix aurita, popularmente conhecido como sagui-da-serra-escuro, ou sagui-do- vale-do-paraíba é uma espécie endêmica da Mata Atlântica na região Sudeste.

A espécie sofre ameaça de extinção devido à perda de habitat pelo desmatamento e ocupação humana, além da pressão sofrida pela presença de saguis exóticos. A espécie está inserida no “Plano de Ação Nacional para a Conservação de Mamíferos da Mata Atlântica Central”, coordenado pelo ICMBio.

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